Muammar Kadhafi morreu quinta-feira (20 de Outubro) após a sua captura em Sirte, sua cidade natal.
Porém, existem várias versões acerca da sua morte, o que levou a que vários organismos mundiais exigissem a sua investigação.
A versão oficial, avançada pelo Conselho Nacional de Transição (CNT) à agência Reuters, é a que Kadahfi, apesar de ter sofrido agressões por parte dos rebeldes, só veio a falecer a caminho do hospital.
Todavia, o surgimento de vídeos e imagens captados por câmaras dos telemóveis fez com que se duvidasse da veracidade da versão oficial dos acontecimentos.
Os vídeos registam vários momentos. Num deles, vê-se o ex-líder líbio cheio de sangue, morto, de tronco nu e com uma bala no crânio, o que contrairia a informação oficial de que Kadhafi teria falecido aquando da sua deslocação ao hospital de Sirte.
Noutro filme, o antigo ditador é atirado para uma caixa de uma pick-up e, ainda, num outro, encontra-se dentro de uma ambulância.
No entanto, surgem agora novos vídeos do ex-líder da Líbia a ser torturado e sodomizado com um pau e noutro, sodomizado com um cano de espingarda, informação avançada pelo jornal espanhol “El Mundo”.
Em ambos as películas é possível ver-se Muammar Kadhafi a pedir clemência aos seus captores, enquanto estes o agridem com golpes, insultos, empurrões e com uma pistola apontada à cabeça.
Contudo, ainda não está provada a autenticidade das imagens.
“Existem quatro a cinco versões diferentes sobre como morreu o ex-ditador”, alertou Rupert Colville, porta-voz da Comissão de Direitos Humanos, em declarações ao “Jornal de Notícias”.
E por haver incongruências acerca da sua morte, é que vários organismos mundiais como a Amnistia Internacional e a ONU e, até mesmo, o CNT irão solicitar a sua investigação.
Também em depoimento ao “Jornal de Notícias”, a organização da Human Rights Watch sublinhou que o “assassinato de um prisioneiro é uma séria violação das leis de guerra e é um delito que deve ser julgado pelo Tribunal Internacional”, apelando, ainda, ao CNT que abrisse uma “investigação independente com a participação internacional, sobre a morte de Kadhafi”.
Já a Amnistia Internacional defende apenas a participação internacional, apenas se o Conselho Nacional de Transição não conseguir ser imparcial.