O dia em que eu nasci, moura e pereça,
não o queira jamais o tempo dar,
não torne mais ao mundo, e, se tornar,
eclipse nesse passo o sol padeça.
A luz lhe falte, o sol se [lhe] escureça,
mostre o mundo sinais de se acabar,
nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
a mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas pasmadas, de ignorantes,
as lágrimas no rosto, a cor perdida,
cuidem que o mundo já se destruiu.
Ó gente temerosa, não te espantes,
que este dia deitou ao mundo a vida
mais desgraçada que jamais se viu!
Luís de Camões
P.S.Gosto muito deste poema, pois reflecte aquilo que sinto neste momento.
2 comentários:
Então menina, que se passa?
Nada de tristezas! Cabeça para cima, sorriso nos lábios e tristezas para trás das costas!
Bom fim-de-semana!
Beijos*.*
O poema é muito bonito. :)
Já estou tão habituada aos devaneios de Camões que nada nele é-me estranho. Foi esse o poema que me saiu no teste de Literatura do mês passado mas pronto, isso não vem ao caso. Espero que estejas melhor!
Bjs*
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