quinta-feira, outubro 27, 2011

Morte de Kadhafi envolta em mistério

Muammar Kadhafi morreu quinta-feira (20 de Outubro) após a sua captura em Sirte, sua cidade natal.

Porém, existem várias versões acerca da sua morte, o que levou a que vários organismos mundiais exigissem a sua investigação.

A versão oficial, avançada pelo Conselho Nacional de Transição (CNT) à agência Reuters, é a que Kadahfi, apesar de ter sofrido agressões por parte dos rebeldes, só veio a falecer a caminho do hospital.

Todavia, o surgimento de vídeos e imagens captados por câmaras dos telemóveis fez com que se duvidasse da veracidade da versão oficial dos acontecimentos.

Os vídeos registam vários momentos. Num deles, vê-se o ex-líder líbio cheio de sangue, morto, de tronco nu e com uma bala no crânio, o que contrairia a informação oficial de que Kadhafi teria falecido aquando da sua deslocação ao hospital de Sirte.

Noutro filme, o antigo ditador é atirado para uma caixa de uma pick-up e, ainda, num outro, encontra-se dentro de uma ambulância.

No entanto, surgem agora novos vídeos do ex-líder da Líbia a ser torturado e sodomizado com um pau e noutro, sodomizado com um cano de espingarda, informação avançada pelo jornal espanhol “El Mundo”.

Em ambos as películas é possível ver-se Muammar Kadhafi a pedir clemência aos seus captores, enquanto estes o agridem com golpes, insultos, empurrões e com uma pistola apontada à cabeça.

Contudo, ainda não está provada a autenticidade das imagens.

“Existem quatro a cinco versões diferentes sobre como morreu o ex-ditador”, alertou Rupert Colville, porta-voz da Comissão de Direitos Humanos, em declarações ao “Jornal de Notícias”.

E por haver incongruências acerca da sua morte, é que vários organismos mundiais como a Amnistia Internacional e a ONU e, até mesmo, o CNT irão solicitar a sua investigação.

Também em depoimento ao “Jornal de Notícias”, a organização da Human Rights Watch sublinhou que o “assassinato de um prisioneiro é uma séria violação das leis de guerra e é um delito que deve ser julgado pelo Tribunal Internacional”, apelando, ainda, ao CNT que abrisse uma “investigação independente com a participação internacional, sobre a morte de Kadhafi”.

Já a Amnistia Internacional defende apenas a participação internacional, apenas se o Conselho Nacional de Transição não conseguir ser imparcial.

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