segunda-feira, outubro 24, 2011

Sugestão de leitura


O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde

O livro O Retrato de Dorian Gray é um dos livros mais fascinantes que alguma vez li! E, por isso mesmo, aconselho vivamente a sua apreciação.

Escrito no século XIX pelo irlandês Oscar Wilde, reflete a linha de pensamento, os comportamentos, mas principalmente a moralidade hipócrita da sociedade vitoriana, repleta de vícios, dissimulados pela “falsa” integridade.

E este é o tema central do livro.

Numa sociedade onde reina a hipocrisia as personagens principais irão desafiá-la, graças à sua filosofia hedonista em que o mais importante é a busca desenfreada do prazer carnal e dos excessos de álcool, de ópio e de tudo o que é novidade e excentricidade.

Tudo começa quando o pintor Basil Hallward retrata o seu melhor amigo, Dorian Gray. Dorian é um jovem de 18 anos de excessiva beleza, mas simples e modesto. E é a sua personalidade dócil e inocente juntamente com a sua beleza que “enamorou” Hallward, que desenvolveu uma verdadeira paixão platónica pelo seu “modelo”.

Mas tudo muda quando Basil apresenta um dos seus amigos a Gray, Lord Henry Wotton.

Depressa, os dois desenvolvem uma grande amizade e será ela a ruína do jovem Dorian Gray.

De filosofia hedonista, Lorde Henry irá, pouco a pouco, influenciar o pensamento de Gray, levando-o a seguir os seus ideais.

Henry, olhando para o belo retrato de Dorian, fá-lo ver que a sua juventude e beleza são efémeras, e é aí que Gray pronuncia o seu destino. Para se permanecer sempre jovem e belo seria capaz de dar a própria alma, para que fosse o quadro a envelhecer em vez dele. E o seu desejo foi atendido.

Dorian, corrompido pelos ensinamentos de Lorde Henry, irá envolver-se em diversas experiências excessivas, entre as quais uma que levou ao suicídio de uma jovem atriz que o amava e ele a desprezara.

Este acontecimento aliado ao facto de todos os dias observar as horríveis mutações do seu retrato, escondido no sótão, começará a ter consciência da devassidão dos seus atos. E é aí que Wilde é sublime! Descreve todas as suas angústias, confrontos psicológicos de forma realista e envolvente.

E para acabar com o sofrimento em que vivia tenta acabar com ele, assassinando o seu principal causador: o pintor Basil Hallward. O problema é que o quadro permanece medonho, relembrando-o dos seus atos nefastos.

Apercebendo-se de que se estava a transformar no monstro hediondo do quadro, destrói-o. Contudo, a cada facada que lhe dá, dá-la a si mesmo, acabando por morrer.

E aí tudo se transforma! Dorian finalmente terá o seu verdadeiro aspeto físico, o do retrato, e o quadro volta ao que era dantes. Uma representação de um Dorian jovem e belo!

Dorian a apreciar o seu retrato

Dorian Gray com Lord Henry Wotton



Experiências extravagantes


Festas excêntricas


O quadro reflete a verdadeira aparência de Gray


Imagens do filme O Retrato de Dorian Gray (2009) com Ben Barnes e Colin Firth nos papéis principais.

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