domingo, fevereiro 05, 2006

Capíttulo 14

Uma visita inesperada e novas descobertas

Pui-li encontrava-se a dormir, quando o enfermeiro o despertou dizendo-lhe:
- Tem visitas!
Pui-li pensou que eram os seus amigos, mas afinal era o Sarabel.
- O que está aqui a fazer? – quis saber o Pui-li, muito espantado.
- Vim visitar-lhe. – respondeu ele. – Está melhor?
- Sim, obrigado, mas não era preciso ter vindo... – disse o Pui-li.
- Queria dizer-lhe uma coisa... – começou o Sarabel.
- O que é? – perguntou o Pui-li.
- Eu apesar de estar casado, eu reparei em si e apaixonei-me... – declarou o Sarabel.
Pui-li ficou em estado de choque. Estava habituado que as raparigas fizessem aquele tipo de declarações, mas de rapazes era a primeira vez.
- Por favor, vá-se embora! – pediu o Pui-li. – E não me apareça nem mais uma vez à minha frente!
Sarabel ficou muito triste e foi-se embora.
- Pui-li, tenho muito boas notícias para lhe dar! – anunciou o médico.
- O que foi, senhor Doutor? – inquiriu o Pui-li, muito contente.
- Não vai precisar de estar aqui uma semana a ser injectado com primaquina e cloroquina. Basta estar aqui mais dois ou três dias, mas vai ter que ter cuidado com a alimentação: deve comer muitos alimentos que tenham ferro. – informou o médico.
- Ainda bem, senhor Doutor! – contentou-se o Pui-li. – Isso quer dizer que eu estou a recuperar bem?
- Exactamente! – respondeu o médico, muito animado. – Teve muita sorte pela sua malária não estar muito adiantada...
- Mas o senhor Doutor disse que eu tinha de fazer uns exames sanguíneos e uns exames fecais... – disse o Pui-li.
- E vai ter de fazer. – afirmou o médico. – Quando for para casa, vai depositar uma amostra das suas fezes nestes frasquinhos de plástico todos os dias e vai ter de identificá-los com as respectivas datas.
- Obrigado, senhor Doutor! – agradeceu o Pui-li.
- Não tem de quê! Estou apenas a fazer o meu trabalho... continue a descansar que é o que o senhor precisa. – disse o médico.


- Bom, vamos para a praia Barreira Negra investigar. – incentivou o Jimmy.
Foram à praia de jipe e quem conduzia era o Samuel.
O mar estava calmo, mas poluído. Era azul límpido. A areia da praia estava suja e peixes mutantes mortos iam dar à costa.
- Que horror! – exclamou o Alan, examinando os peixes.
- É melhor chamarmos uma equipa de especialistas. – opinou o Samuel.
- Concordo. – concordou o Jimmy.
Samuel sacou o telemóvel do bolso e pôs-se a telefonar ao inspector Hugo Faria.
- Boa tarde! Sou eu, o Samuel. – apresentou-se.
- Oi, Samuel! Tudo bem? – saudou o Hugo. – Descobriram alguma coisa? E ‘tá tudo bem com o Pui-li?
- Hoje ainda não o visitamos, mas neste momento estamos na Praia Barreira Negra. O mar é de um azul límpido como cristal e a costa está toda suja com peixes mutantes mortos. – respondeu o Samuel.
- Mas que interessante! – exclamou o Hugo. – Já levaram o mutante ao Centro de Investigação da África do Sul?
- Já. – respondeu o Samuel. – Mas ainda não sabemos os resultados.
- Muito bem! O que é que vocês querem? Precisam de ajuda de especialistas e cientistas? – interrogou o Hugo.
- Sim. – respondeu o Samuel.
- Pois muito bem! Eu vou telefonar aos especialistas de Angola e eles irão ter com vocês daqui a cinco minutos. – disse o Hugo.
- Obrigado! – agradeceu o Samuel.
- De nada! E boa sorte! – desejou o Hugo.
- E então? – indagou a Liliane.
- O inspector Hugo Faria garantiu telefonar aos especialistas e que chegariam aqui em cinco minutos. – respondeu o Samuel.
Passado cinco minutos, ouviram o som de uma carrinha que se aproximava. Pararam e saíram várias pessoas.
- São vocês os cientistas? – questionou o Samuel.
- Sim. – respondeu uma rapariga com cerca de dezassete anos.
Os cientistas ficaram perplexos com a cena que viram. Tiraram amostras da água do mar e de alguns peixes mortos.
- Muito bem, vamos levar estas amostras ao Centro de Investigação de África do Sul e em breve teremos os resultados. – informou um cientista.
- Muito obrigado pela vossa intervenção. – agradeceu o Samuel.
- De nada. – disseram os cientistas. – Estamos apenas a fazer o nosso trabalho.
- Depois de tanto ver mar e areia está-me a dar saudades das praias da Austrália! – suspirou o Doug.
- Vamos visitar o Pui-li? – perguntou a Liliane.
- Pode ser. – concordaram todos.



Quando chegaram ao hospital, o Pui-li estava a ver as análises que tinha feito ao sangue.
- Então, senhor Doutor? – perguntou o Pui-li.
- Era o que eu esperava, a malária está quase curada. – respondeu o médico.
- Pui-li, estás melhor? – inquiriu o Doug.
- Sim, afinal não vou precisar de estar aqui uma semana, mas sim mais dois ou três dias a levar cloroquina e primaquina, mas mesmo assim, vou ter de fazer análises sanguíneas devido à malária e fecais devido à anemia. Mas o médico garantiu que estou quase curado, pois a malária não estava muito desenvolvida, mas vou ter que ter cuidado com a anemia. – respondeu o Pui-li.
- Ainda bem, que vais ficar bom! – exclamou o Alan.
- Foram à praia Barreira Negra? – questionou o Pui-li.
- Sim. – respondeu o Jimmy. – E chamamos especialistas que examinaram a água do mar e os peixes mutantes mortos.
- Vão levá-los ao Centro de Investigação e em breve apresentarão os resultados. – acrescentou a Liliane.
- Espero que sejam rápidos, pois quero descobrir a origem dos mutantes e daquela poluição toda. – disse o Alan.
- E vão descobrir, disso eu tenho a certeza. – assegurou o Pui-li.
- Acabou a hora da visita. – informou uma enfermeira, mal-humorada.
- Adeus, Pui-li e melhoras! – desejaram todos.

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