domingo, fevereiro 05, 2006

Capítulo 2

Um dia na vida de Liliane e Samuel


Liliane estava a arrumar o quarto, quando foi interrompida por Margot, o seu robot doméstico:
- Eu arrumo isso.
- Muito obrigada, Margot! É muito bom ter um robot doméstico tão querido como tu! – agradeceu a Liliane.
O robot ficou enternecido com tal elogio e abraçou-a.
- Gostaste do museu do século XX? – quis saber, Margot.
- Se gostei..., adorei! – espantou-se a Liliane.
Liliane esteve a contar tudo o que tinha visto: os telemóveis, os computadores, a trotinete (muito parecida com a Fastbike, mas muito menos complexa e que também não voava).
- Que chatice, os miúdos não poderem voar... ainda bem que não vivo no século XX! – comentou a Liliane. – Também não haviam robots domésticos. As pessoas limpavam a casa com as suas próprias mãos!
Bateram à porta. Liliane foi de escadas rolantes até à sala de entrada.
- Olá Camila, que vens cá fazer?! – perguntou a Liliane.
- Vim convidar-te para a minha festa de aniversário. – respondeu a Camila.
- Quando é? – perguntou a Liliane.
- Amanhã. – respondeu a Camila. – Adeus, até amanhã.
A rapariga foi-se embora, voando na sua Fastbike.
- Margot, tenho de ir ao Centro Comercial, fazer umas compras e já venho. – informou a Liliane.
- Vai lá, e não demores. – pediu a Margot.
Liliane pegou na esferográfica que estava em cima da mesa e desceu de elevador até ao rés-do-chão do apartamento.
Tocou no botão amarelo da esferográfica e esta transforma-se numa Fastbike, uma espécie de trotinete com estilo de mota, com um motor muito potente que nos permitia voar até aos 240km/h.
Foi ao Centro Comercial, tocou num botão encarnado e a Fastbike transformou-se outra vez numa caneta.
Liliane comprou um telemóvel com um designe arrojado e moderno que nos permitia fotografar, filmar, gravar filmes da televisão, músicas, tinha montes de jogos e permitia fazer vídeo chamadas.
No dia seguinte, Liliane foi à festa da Camila. Ofereceu-lhe o presente e esta ficou muito contente. Foi-se sentar à beira da piscina pedir um refresco.
Tirou a roupa e ficou de biquini e foi nadar na piscina.
Camila montou uma discoteca no jardim com a bola de espelhos, holofotes cheios de luzes coloridas e música muito curtida.
Foi muito divertido.


O Samuel estava a construir o novo hospital, quando voltou de novo os seus pensamentos. Como gostava de viver em Portugal, falavam praticamente a mesma língua, mas era um país com culturas e raça diferentes.
- Outra vez a sonhar? – interrompeu o pai.
- Estava a pensar como seria bom viver em Portugal. – explicou o Samuel.
- Mas não temos dinheiro. Agora cala-te e trabalha. – disse o pai.
Samuel deixou escapar um suspiro.
Ás seis da tarde, Samuel e o pai vão para casa, onde a mãe os esperava.
- O que é o jantar, mulher? – quis saber o Sr. Etelvino.
- Peru com arroz de ananás. – respondeu a Sr.ª Amina.
- Que bom! E para sobremesa? – perguntou o Samuel.
- Abacaxi ou abacate. – respondeu a Sr.ª Amina.
- Fixe! – exclamou o Samuel.
A família sentou-se e jantou na mesa pobre e humilde.

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