domingo, fevereiro 05, 2006

Capítulo 13

O tratamento do Pui-li

Três da manhã. Pui-li acordou com vontade de vomitar e foi à casa de banho às corridas e vomitou na sanita.
Liliane ouviu alguém a vomitar e foi espreitar.
- Pui-li estás bem? – perguntou ela, preocupada.
- Não estou nada bem... – gemeu o Pui-li.
- Vamos já para o hospital... – disse a Liliane. – Toca a levantar, meninos! Vamos levar o Pui-li ao hospital, ele está muito doente...
- Queremos dormir... – suspirou o Doug.
- Mas o Pui-li está doente... – disse a Liliane.
Levantaram-se e vestiram as roupas, mas a Liliane fechou-se na casa de banho para se vestir.
Pegaram num jipe e levaram-no para o serviço de urgência.
O Pui-li foi imediatamente atendido.
Levaram-no para uma ala hospitalar onde lhe injectaram cloroquina e primaquina.
- Como está o Pui-li? – quis saber a Liliane.
- Tem malária Plasmodium Vivax e anemia, devido à destruição dos glóbulos vermelhos. – respondeu o enfermeiro.
- Ele pode morrer? – inquiriu a Liliane.
- Sim, mas vamos fazer o possível para isso não acontecer. – respondeu o enfermeiro.
Ficaram todos muito preocupados.
Pui-li estava a receber a sua dose de cloroquina e de primaquina e estava a notar a diferença. Agora sentia-se muito melhor.
O médico foi vê-lo e perguntou:
- Está melhor?
- Sim, muito melhor. – respondeu.
- Para a próxima vai usar repelente para mosquitos sempre que for para uma zona endémica da malária. Diga isto aos seus amigos. – aconselhou o médico.
- Sim, eu digo. – assegurou o Pui-li. – Mas quanto tempo eu tenho de ficar aqui no hospital?
- Pelo menos uma semana a ser injectado com cloroquina e primaquina. – respondeu o médico. – Mas também vai ter de ter cuidado com a anemia e fazer uma dieta especial. Tenho de lhe fazer análises ao sangue e às fezes para ver se a anemia melhora.
- Nunca vou recuperar da anemia ou da malária? – inquiriu o Pui-li.
- Já está a fazer tratamento para as duas... a sua sorte foi a malária não estar muito avançada. – disse o médico.
O médico foi lá fora falar com os Pequenos Grandes Heróis:
- O Pui-li está a recuperar bem. O estado da malária não está muito avançado, mas mesmo assim vai ter que estar no hospital durante uma semana a ser injectado com cloroquina e primaquina e vai ter de fazer análises às fezes e ao sangue para ver os resultados. Mas uma coisa é certa: vai ter de fazer uma dieta especial à base de ferro por causa da anemia. – informou o médico. – Mas deixo-vos aqui um conselho: sempre que vocês forem para uma zona endémica da malária usem sempre repelentes para mosquitos, pois ainda não existe vacinas para prevenção da doença.
Foram visitar o Pui-li que neste momento estava a tomar um remédio cor-de-laranja contra a anemia.
- Estás melhor? – indagou o Doug.
- Sim. – respondeu o Pui-li.
Liliane ficou horrorizada com as duas injecções que o Pui-li estava a levar, uma em cada braço.
Liliane sempre teve medo de ir a hospitais, pois uma vez quando era pequena apanhou um gastrenterite e teve que ficar dois dias no hospital a levar soro.
- Bom, vamos para casa, pois estamos cheios de sono. Não te importas, pois não, Pui-li? – inquiriu o Samuel.
- Não. – respondeu o Pui-li. – Vocês merecem descansar e por culpa minha não puderam dormir o sono que queriam...
- Deixa-te disso, os amigos servem para isso mesmo. – abonou o Alan.
- Obrigado! – agradeceu o Pui-li.



Ás nove da noite, os Pequenos Grandes Heróis foram visitar o Pui-li que se encontrava a jantar uma sopa de espinafres.
- Então? Como é a comida do hospital? – questionou o Doug.
- É mais ou menos. – respondeu o Pui-li.
- Eu mandei um mail ao inspector Hugo Faria e ele disse que queria que nós investigássemos o caso com ou sem o Pui-li. – afirmou o Jimmy.
- Por mim podem investigar à vontade enquanto estou no hospital. – disse o Pui-li.
- Então amanhã vamos investigar o caso dos mutantes. – declarou o Jimmy.

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