domingo, fevereiro 05, 2006

Capítulo 9

Perdidos no meio da floresta

Chegaram a Angola e hospedaram-se numas cabanas. Tomaram o pequeno almoço: leite com cacau e bolo de chocolate.
- Vamos fazer um safari? – perguntou o Samuel.
- Pode ser. – responderam todos.
Reuniram-se com alguns habitantes locais e alugaram jipes e armas.
Viram muitos animais e acabaram por descansar à sombra de uma árvore e fazer um piquenique.
Depois de descansarem, retornaram a fazer o safari. Passado quatro horas, estavam completamente embrenhados na floresta.
- Desculpem informar-vos, mas... estamos perdidos. – informou um dos angolanos acompanhantes.
- O quê?! Eu não quero estar aqui na floresta... quero as minhas coisas... Portanto, levem-me já de volta. – gritou a Liliane.
- Calma, vai correr tudo bem... – tentou tranquilizar o Samuel. – A selva não é assim tão má...
- Eu já não aguento mais este calor!... Quando sairmos daqui, vou para dentro duma arca frigorífica! – exclamou o Alan.
- Que exagero! – disse o Samuel.
- Temos de arranjar uma maneira de sair daqui... – começou o Doug.
- Vocês deveriam conhecer a selva... eu não quero ser comida por animais selvagens... – protestou a Liliane.
- Queres ser comida, pelo quê? – brincou o Pui-li, interessado.
- Palerma, estúpido, pateta, idiota, tarado, safado, perverso, tolo, atoleimado, parvo, estupor, excomungado...
- Ei, vê lá como falas, minha menina. Respeito é bom e eu gosto. – reclamou o Pui-li.
- Tu faltaste-me ao respeito. – disse a Liliane.
- Estava só a brincar!... Ainda não comi ninguém... – desculpou-se o Pui-li.
- Digitei algumas informações desta selva no meu computador e ele consegue dizer onde estamos, portanto, também vai conseguir tirar-nos daqui. – informou o Jimmy.
- Boa, Jimmy! – saudaram todos.
Jimmy começou a digitar algumas informações, quando o computador se desligou.
- Mas o que se passa? – quis saber o Jimmy.
- A bateria deve ter ido abaixo. – objectou o Doug.
- Ou alguma interferência que fez com que o computador perdesse o sinal e desligasse. – raciocinou o Pui-li.
- Pois, eu tinha-o carregado logo de manhã... – criticou o Jimmy.
- E já são 22:30h! Está tão escuro! Estou cheia de medo! – suspirou a Liliane.
- Não te preocupes, eu protejo-te... – tranquilizou o Pui-li.
- Afasta-te, palerma. – gritou a Liliane.
Pui-li ficou triste, pois nunca na vida as raparigas tinham-no tratado mal.
Nesse mesmo instante, ouviram um barulho por detrás dos arbustos.
- Será um leão ou um tigre? – perguntou a Liliane, apavorada.
Como estava muito escuro não viram o ser que era, mas quando ele atravessou o caminho deu para ver com horror, que era um... mutante!
- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! – gritaram todos.
O mutante começou a fugir, mas um dos acompanhantes dos pequenos grandes heróis deu-lhe um tiro e o mutante deu um rugido assustador.
- Venham ver! – entusiasmaram-se.
Foram ver. Era um mutante muito feio e o sangue que escorria das costas dele não era vermelho, era verde!!!
- Que horror! – surpreenderam-se todos, muito chocados.



- Muito bem, Augusta! Agora só nos falta mais uma coisa... – disse o Júlio.
Júlio era um português que tinha estudado ciências e química na universidade de Massachusetts, mas tinha sido expulso porque tinha atitudes muito bizarras e resolveu vingar-se, pois o seu sonho de ser um grande cientista ficou a meio, mas prometeu nunca desistir dele e iria lutar por ele, nem que fosse por caminhos do mal.
Augusta era uma angolana, sua ajudante.
Júlio, escolheu Angola para se instalar, exactamente por ser um país do terceiro mundo e a mão-de-obra era barata.




- Não podemos deixá-lo aqui... – disse um angolano, chamado Igor.
- Vamos levá-lo para onde? – quis saber o Samuel.
- Ao centro de investigação na África do Sul. – respondeu o Igor.
- Sim, acho uma óptima ideia! – aplaudiu o Samuel.
- Mas como iremos levá-lo à África do Sul, se estamos perdidos? – perguntou o Doug.
- Tens razão. Mas não vamos ficar perdidos para sempre. – respondeu o Samuel.
Noite escura. Samuel consultou o relógio: 23:25h.
- Estou cheia de sono!... Quero sair daqui!!! – berrou a Liliane.
- Estou a começar a ficar desesperado. – comentou o Alan.
- É melhor descansarmos e amanhã de manhã iremos à procura das nossas cabanas. – sugeriu o Igor.
Deitaram-se o melhor que puderam nos acentos dos jipes.
- Não consigo dormir, tenho medo! – lacrimejou a Liliane.
- Não tenhas medo, Liliane. – tentou tranquilizar o Pui-li. – Vai correr tudo bem, vais ver.
- Espero que tenhas razão. – disse a Liliane.

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