domingo, fevereiro 05, 2006

Capítulo 18


Obsessões de amor e uma festa surpresa


Liliane chegou ao hospital e foi buscar o Pui-li.
- Estás melhor? – inquiriu ela.
- Sim. – respondeu o Pui-li. – Já estou curado.
- Vim-te buscar. – disse a Liliane.
- E os outros? – perguntou o Pui-li.
- Estão a receber o inspector Hugo Faria. – respondeu a Liliane.
- Ele está cá?! – espantou-se o Pui-li.
- Sim. – respondeu a Liliane.
- Mas aconteceu algo de errado? – quis saber o Pui-li.
- Não. – desdisse a Liliane. – Antes pelo contrário! Conseguimos apanhar os presumíveis do crime!
- Eu sabia que vocês iriam conseguir! – admirou-se o Pui-li. – Mas afinal quem são esses criminosos?
- É um cientista português chamado Júlio e a sua ajudante Augusta que acabou por se transformar em mutante porque o Júlio atirou-a ao mar. – contestou a Liliane.
- E quais foram as sentenças? – questionou o Pui-li.
- O Júlio foi condenado a vinte e cinco anos de prisão e a Augusta suicidou-se. – abonou a Liliane.
- Muito bem! E como é que vocês descobriram? – interrogou o Pui-li.
Liliane contou as peripécias vividas com algum sentido de humor.
Quem por ali passou e não gostou nada do que viu, foi a enfermeira Salomé que já estava a deitar «fumo pelas orelhas» de tanta raiva que tinha.
- Oh, sua estúpida, hipócrita e reles... o que estás a fazer com o Pui-li? – explodiu ela.
- Eu só estou conversar, minha senhora. – respondeu a Liliane. – E para sua informação, eu vim buscá-lo.
- Já te vais embora, Pui-li? – entristeceu a Salomé.
- Sim, e não vejo a hora de me ir embora! – contestou o Pui-li.
- Oh, menina, ficas já avisada que o Pui-li é meu, ouviste? – gritou a Salomé.
Liliane olhou para o Pui-li, mas este trocou-lhe um olhar confuso.
- Tu namoras com ela? – segredou a Liliane.
- Não. – respondeu o Pui-li. – Nem estou a perceber porque é que ela está assim!...
- Tu gostas dela? – inquiriu a Liliane.
- Claro que não. – respondeu o Pui-li.
- Queres que ela te deixe em paz? – perguntou a Liliane.
- Claro! – abonou o Pui-li. – Qual é o teu plano?
Liliane chegou-se ao Pui-li e beijou-o com paixão:
- Amo-te, Pui-li! – declarou ela.
- Estás parva? Enlouqueceste? – questionou o Pui-li em voz baixa. – Desde quando é que tu gostas de mim?
- Desde nunca. – contestou a Liliane. – Olha, ela está furiosa!
- Esse é que era o teu plano? – perguntou o Pui-li.
- Sim! – respondeu a Liliane. – E parece que resultou às mil maravilhas!
- Obrigado, Liliane! – agradeceu o Pui-li. – Não sei como te agradecer...
- Não precisas de me agradecer, eu já estava farta daquela mulher sempre a olhar para mim de soslaio... – disse a Liliane.
Pui-li deu-lhe um beijo na face. Muito doce.
Liliane não se importava de repetir o beijo que deram para despistar a enfermeira. Tinha sido tão bom!
- Liliane! Liliane! Liliane! – chamou o Pui-li.
Finalmente, a Liliane despertou do Mundo dos Sonhos.
- Estás bem? – inquiriu o Pui-li.
- Estou óptima! Só estava a pensar numas coisas... – respondeu a Liliane. – Vamos?
- Vamos.
Chegaram a casa e deram de caras com o inspector Hugo Faria.
- Oi! – saudou ele. – Pui-li, tudo bem?
- Sim, obrigado! – respondeu o Pui-li.
- Quero desejar os parabéns para todos vocês, foram fantásticos! – elogiou o Hugo.
- Obrigado! – agradeceram todos.
- Podemos voltar para casa? – perguntou o Alan.
- Não, vocês vão resolver outros mistérios. – desdisse o Hugo. – Mas agora vamos festejar!
- O que é que nos preparou? – interrogou o Samuel.
- Uma festa surpresa! – respondeu o Hugo.
- Conta! – pediu a Liliane.
- Se eu contasse deixaria de ser surpresa! – desdisse o Hugo. – Mas para isso vou vos ter que levar para o local da festa.
Hugo chamou o motorista e foram para o local onde a festa surpresa iria presidir.
Quando chegaram ao local, foram muito bem recebidos pela população local.
- Obrigado, muito obrigado! – agradeciam as pessoas.
- Esse cientista teve o que merecia.
- O pior é que o mar da praia Barreira Negra vai estar sempre poluído e vocês não podem tomar banho lá. – disse o Hugo.
A festa decorria animada com comida e bebida tradicionais, música e danças africanas.
- A festa está a ser fixe! – comentou o Doug.
- Pois está! – concordou o Pui-li.
O Jimmy estava alheio àquela euforia toda e encontrava-se na Internet.
O Alan não parava de beber refrigerantes para se refrescar; o Samuel e a Liliane encontravam-se a dançar; o Doug e o Pui-li estavam a conversar e a comer os petiscos e o inspector Hugo Faria estava a curtir a festa com duas belas bailarinas angolanas.
- Venham ver! – chamou o Jimmy. – Fui ao site do Jornal de Notícias. Têm de ver esta notícia!
Os Pequenos Grandes Heróis e o inspector Hugo Faria foram ter com ele.
- Mas que fixe! – exclamaram eles. – Somos uns heróis!
- Ainda vão resolver mais mistérios! – sorriu o Hugo.


Foram apanhados os presumíveis dos mutantes de Angola!

Um grupo denominado por Pequenos Grandes Heróis descobriram os culpados deste crime que abalou o Mundo! Trata-se de um cientista português chamado Júlio Ferreira e da sua ajudante angolana de nome Augusta Silva.

O cientista português assumiu a sua culpa em tribunal e foi-lhe atribuída a pena de vinte e cinco anos de prisão. Augusta acabou por se suicidar com uma pistola de um polícia.
A casa de Júlio já foi confiscada e tudo indica que a poluição e acidez das águas provinham de um tubo que ligava o seu laboratório à sua casa.
Cientistas angolanos encontraram na água vestígios de dióxido de enxofre e óxidos de azoto entre outros produtos altamente tóxicos que deformam qualquer ser vivo que permaneça na água durante muito tempo e também foi descoberto o valor do pH da água: dois.
Os Pequenos Grandes Heróis (uma patrulha de agentes secretos) dirigiram-se ao local para vigiar a praia e encontraram Júlio Ferreira a atirar a sua ajudante, Augusta, ao mar.
Deram-lhe uma pancada que a deixou inconsciente e chamaram a polícia e os bombeiros para salvar Augusta, mas Augusta acabou por se tornar num mutante.
No tribunal, Júlio afirmou que o fez para verificar se o plano de tornar os seres vivos em mutantes dava certo.
As populações locais agradecem aos Pequenos Grandes Heróis e estão satisfeitos com a pena atribuída ao cientista português que entretanto tinha sido expulso da universidade de Massachusetts por ter comportamentos bizarros.

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