sábado, janeiro 14, 2006

Capítula 3

Na estação n.º 10

Na manhã seguinte, Henry acordou muito contente.
Fez as malas e preparou tudo o que era preciso.
- Estás muito entusiasmado! – espantou-se a Mrs. Howard.
- Pois estou. – respondeu o Henry.
Mrs. Howard pegou nas chaves do carro que estavam em cima da mesa.
Andaram de carro uma hora para chegar à estação.
- Adeus, filho. Vemo-nos daqui a um ano. – despediu a Mrs. Howard.
- Adeus, mãe. – despediu o Henry.
- Adeus, filho. – despediu-se, uma senhora que estava ao lado de Henry.
- Não, mãe, não quero ir. – pediu o rapaz.
- Não, filho, tu vais. – disse a senhora.
- Mãe, nunca pensei que me conseguisses abandonar. – gritou o rapaz.
- Não te vou abandonar, filho. A mãe gosta demasiado de ti para te abandonar. – respondeu a senhora, enquanto abraçava o filho. – Agora, vai, filho. A mãe vai sentir muitas saudades tuas.
- Também eu, mãe. – chorou o rapaz.
- Não chores. – pediu a senhora, limpando as lágrimas que começavam a jorrar-lhe no rosto, com um lenço rosa.
A Henry só lhe apetecia rir.
- Adeus, mãe. – despediu o Henry, sorrindo.
- Adeus.
Henry entrou no comboio, acenou à mãe e sentou-se.
- Posso sentar-me ao teu lado? É que o comboio está cheio. – perguntou um rapaz.
- Claro. – respondeu o Henry.
- Como te chamas? – quis saber o rapaz.
- Chamo-me Henry Howard e tu?
- Eu chamo-me Eric Ross. – respondeu o rapaz.
O rapaz tinha cabelos ruivos cor de vinho.
- Sabes, aquele rapaz loiro? – perguntou o Henry.
- Sim, o que é que tem? – quis saber o Eric.
- Ele estava a chorar pela mamã... – explicou o Henry.
Eric riu-se a bom rir e exclamou:
- Não é de espantar ele é um mimado.
- Conhece-lo? – inquiriu o Henry.
- Sim. Ele chama-se Brian Sproule . – respondeu o Eric.
E continuaram a conversar durante a viagem.

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