domingo, janeiro 15, 2006

Capítulo 14

O duelo final

Fernandino e Tadeu foram descansar dentro dos seus caixões. Pui-li e Kate esperaram uma hora, para terem a certeza de que eles adormeceram.
Pui-li consultou o relógio: 17:05h.
Só tinha três horas para actuar.
Pui-li abriu o caixão do Fernandino e a Kate, o do Tadeu.
Contaram até três e esperam-lhes a estaca no coração.
Os vampiros gritaram:
- Como é que conseguiram sair da prisão?
Os corpos dos vampiros desfizeram-se em pó.
Pui-li foi ao quarto onde estava Liliane.
- Liliane, estás bem?
- Pui-li!? O que estás aqui a fazer?! – perguntou ela. – Onde estou, toda NUA?!!!
- Não te lembras? – espantou-se o Pui-li.
- Não. – respondeu a Liliane. – ABUSASTE DE MIM?
- Não. – desdisse o Pui-li. – Tu foste mordida e violada por dois vampiros e eu vim salvar-te.
- Já me lembro! – exclamou ela. – O que é feito deles?
- Matei-os, eu e a Kate. – respondeu o Pui-li.
- Quem é ela? – quis saber a Liliane, desconfiada.
- É uma curandeira especialista na eliminação de vampiros. Se não fosse ela, não tinha conseguido salvar-te. Mas mesmo assim, tive de pagar-lhe 500 leus. – disse o Pui-li.
- Obrigada, Kate, obrigada, Pui-li! – agradeceu a Liliane. – Os outros foram raptados pela Rosabel.
- Eu sei, os vampiros disseram-nos. – disse o Pui-li. – A Colheita é amanhã, portanto temos de ser rápidos a descobrir onde eles estão.
- Tenho de me vestir... – suspirou a Liliane. – Estou algemada e cheia de sangue!
Kate e Pui-li encontraram um molho de chaves na bolsa das calças do Fernandino e experimentaram-nas todas.
Liliane viu-se solta e vestiu-se rapidamente.
- O que acontece na Colheita? – indagou o Pui-li.
- Há cerca de sessenta anos, um vampiro muito velho e muito poderoso veio para esta zona, e não apenas para se alimentar. – explicou a Kate. – Na Transilvânia existe uma espécie de portal desta realidade para outra. Este vampiro esperava conseguir abri-lo.
- Trazer de volta os demónios. – suspirou o Pui-li.
- Fim do mundo. – esclareceu a Liliane.
- Mas foi tudo por água abaixo. – Kate continuou a história. – Ou, quero dizer, houve um tremor de terra que engoliu cerca de metade da cidade. E a ele, também, ou pelo menos não houve mais mortes do género, provocadas pelos vampiros depois disso.
Kate parou para respirar e continuou:
- Abrir portais dimensionais é um assunto complicado. As probabilidades são de que ele ficou aprisionado.
- E essa história da Colheita é para o libertar? – perguntou o Pui-li.
- Acontece uma vez em cada século. Amanhã à noite. – respondeu a Kate. – O Mestre pode aumentar o seu poder através de um dos seus favoritos enquanto este se alimenta. Poder suficiente para se libertar e para abrir o portal. O favorito é chamado o Hospedeiro, e usa uma estrela de três pontas na testa. [1]
- Se eu reduzir a pó quem quer que seja que tenha esta aparência, adeus Colheita. – objectou o Pui-li.
- Postas as coisas simplesmente. – respondeu a Kate.
- Temos de fazer alguma coisa... – disse a Liliane.
- E já! – completou o Pui-li.
[1] Texto retirado do livro: Buffy, a Caçadora de Vampiros – A Colheita, escrito por Richie Tankersley Cusick, baseado no argumento de Joss Whedon da Editorial Verbo. (adaptado)

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