Capítulo 39

Capitulo XXXIX

O casamento de Alice e Ralph, o primeiro concerto dos Maybe e a chegada de Benjamin Taylor

27 de Junho! Ralph e Alice casar-se-ão.

Todo o colégio estava enfeitado com arranjos de flores.
Ralph convidara os Maybe para actuar no palco da escola.
Depois da cerimónia matrimonial, Ralph e Alice chegaram ao colégio e todos atiraram arroz e flores por cima deles.
Os Maybe encontravam-se no palco a ensaiar.
- Estou cheia de nervos! O nosso primeiro concerto! E se eu me engasgar ou desafinar... – assustou-se a Alanis.
- Não vais nada, tu cantas maravilhosamente bem! – elogiou o Yves, dando-lhe um beijo na face.
- Obrigada pelo apoio. – agradeceu a Alanis.
- Eu sei que estão cheios de nervos mas não nos podemos assustar, senão... corre tudo mal e a nossa carreira fica arruinada! – disse o Bernard.
- Ai, Bernard, nem quero pensar nisso... – assustou-se o Michael.
- Então tem de correr tudo bem! – disse o Bernard.
- E só de pensar que vai toda a escola olhar para nós, principalmente a Andy!... Tem de correr muito bem. – disse o Edward.
- Pois, é isso aí! Vai correr tudo bem! – apostou o Bernard.
Nesse mesmo instante, alguém bate à porta.
Ralph foi abri-la e quem batia à porta não era mais nada menos que...
- Benjamin Taylor! – exclamou o Ralph.
- O que se passa aqui? Um casamento? – admirou-se o Benjamin. – De quem?
- É o meu casamento com a Alice. – respondeu o Ralph.
- Muitos parabéns! – felicitou o Benjamin.
- Mas o que está aqui a fazer? – inquiriu o Ralph.
- Telefonaram-me a dizer que a carta de demissão do ministro da Educação era falsa e disseram para vir administrar o Colégio das Quatro Muralhas. – explicou o Benjamin.
- E a Alice? – questionou o Ralph.
- Será expulsa da escola, pois não é licenciada no ensino. – respondeu o Benjamin. – Estou muito feliz por Mark Kerrod ter ido preso.
- Eu também, mas... e a Alice? – perguntou o Ralph.
- Lamento, mas vai ter de abandonar o colégio. – disse o Benjamin. – Vai ter de arranjar trabalho noutro sítio de uma forma legal, de preferência...
- Mas estamos a casar-nos...
- Eu deixo estar aqui durante este ano lectivo, mas para o ano...
- Já percebi. – disse o Ralph, olhando para a bela Alice. – Sabia que na nossa escola há uma banda?
- A sério? Como se chama? Quem são os elementos do grupo? – entusiasmou-se o Benjamin.
- São os Maybe. Os elementos são: o Michael, a Alanis, o Yves, o Bernard e o Edward. – respondeu o Ralph. – Vão actuar agora...
Os professores encontravam-se na fila de trás.
- Benjamin! – exclamaram todos.
- Onde esteve este tempo todo? – quis saber a Caroline.
- Em Pretória, na minha terra natal. – respondeu o Benjamin.
- Afrique du Sud? – questionou o Adrien.
- Sim... e quem é o senhor? – quis saber o Benjamin.
- Je suis le professeur d’ Éducation Physique, Adrien Girardin. – respondeu ele.
- Foi a Alice que o contratou. – explicou a Caroline.
- É francês? – inquiriu o Benjamin.
- Oui. – respondeu o Adrien.
- Olhem, aquele não é o professor Benjamin? – admirou-se o Henry.
- Tens razão. – reparou o Eric.
- Será que vai ser director do colégio outra vez? – questionou a Andy muito contente.
- Acho que sim. – observou o Henry.
Os Maybe começaram a actuar.
- Nós somos os Maybe!
O grupo tocava vários tipos de música: hip hop, rock, baladas, rap, blues e heavy metal.
Quando acabaram o concerto, todos aplaudiram.
Benjamin aproveitou este momento para subir ao palco e anunciou:
- Meus caros estudantes, eu regressei para ser de novo o director do Colégio. Espero por vocês para o ano e boas férias! E mais... é com muita honra que eu condecoro este grupo maravilhoso: os Maybe!
Todos aplaudiram muito contentes.
Benjamin sentou-se na sua cadeira de director e perguntou ao Ralph:
- Já reparei que a Bridget não está por aqui... ela despediu-se ou está a descansar?
- Nem uma coisa nem outra... o Mark matou-a com um taco de basebol. – respondeu o Ralph.
- Mas que horror! – entristeceu o Benjamin. – E quem é o novo director, afinal?
- Sou eu, senhor director. – respondeu o Ralph.
Benjamin ficou traumatizado com a notícia da morte de Bridget e deixou escorrer uma lágrima, pois amava-a e nunca conseguiu dizer-lhe o quanto a amava e agora nunca lhe poderá dizer e isso era o que mais o intrigava. Já lhe dizia a sua mãe: “se gostas de alguém, diz-lhe logo! Não deixes para amanhã, o que podes fazer ou dizer hoje.”

- O concerto correu mesmo bem! – exclamou o Bernard.
- Gostaste? – perguntou o Edward à Andy.
- Se gostei? Adorei! – respondeu ela.
- Sabias que a música “Loving You Forever” fui eu quem a escreveu e que foi dedicada a ti? – questionou o Edward.
- A sério?! Que querido! – suspirou a Andy.