domingo, janeiro 15, 2006

Capítulo 3

Informações

Liliane não conseguiu de deixar de pensar no que acontecera e ficou cheia de medo.
No dia seguinte, Liliane contou tudo aos seus colegas.
- Acho que isso foi um pesadelo. – opinou o Samuel.
- Não foi nada, eu estava acordada. – protestou a Liliane.
- Então era um vampiro pronto para te atacar! – brincou o Doug.
- Estúpido! – ripostou a Liliane.
- Só se fores tu. – respondeu o Doug.
Liliane calou-se, ofendida.
Estavam todos a tomar o pequeno-almoço: uma sobremesa típica da Roménia: “Frutos Silvestres Romanov”, quando o Jimmy que estava na Internet, os aclamou:
- Venham ver esta notícia!
Todos leram a notícia com horror, pois tratava-se de mais uma crise vampírica.
Hugo telefonou para Jimmy informando-o dessa tal notícia, mas ele já estava informado.
- Vocês têm de actuar rapidamente! – ordenou o Hugo.
- Vamos ter de nos informar sobre os vampiros. – desabafou o Samuel.
- ‘Bora lá, perguntar à vizinhança? – perguntou o Pui-li.
- Vamos. – respondeu o Doug.
Pegaram no jipe e passearam pelas ruas da Transilvânia. As ruas estavam desertas, toda a gente refugiava-se nas suas casas. E o mais estranho de tudo é que até as lojas de mercado local também estavam fechadas. Ficaram todos admiradíssimos com o receio da população face aos vampiros.
Estavam quase a desistir, quando viram uma rapariga com cerca de doze anos a benzer a porta de sua casa com alho.
- Desculpe, mas podia dar-nos umas informações? – questionou o Samuel.
- Sobre o quê, concretamente? – espantou-se a rapariga.
- Sobre os vampiros. – respondeu o Samuel.
- Desculpe, mas eu tenho de ir para casa. – desculpou-se a rapariga. – Ainda não viram as notícias? Os vampiros estão a atacar a cidade!
- Mas nós viemos para ajudar. – disse o Samuel. – Nós somos uma espécie de “Caçadores de Vampiros”.
- Então, entre, se faz favor. – disse a rapariga.
Depois de se instalarem, a rapariga apresentou-se:
- Chamo-me Rosabel.
Os Pequenos Grandes Heróis apresentaram-se.
- Então, fale-nos sobre os vampiros. – pediu o Samuel.
- Os vampiros da Roménia denominam-se de strigoi se for macho ou strigoaica se for fêmea. Esses vampiros dormem de dia e voam à noite. Podem ter a aparência de lobo, de cão ou de pássaro e chupam o sangue de crianças adormecidas. A fêmea é mais perigosa que o macho, pois ela pode destruir casamentos e colheitas, impedir as vacas de darem leite, provocar doenças fatais e a morte. Aqui na Roménia, nós benzemos as portas de casa, estábulos e ovelhas com alho, fazendo uma cruz. – explicou a Rosabel.
- E como podemos saber que uma pessoa é um vampiro e como acabar com ela? – quis saber o Pui-li.
- Normalmente, os vampiros são muito brancos, vestem-se impecavelmente mas com manchas de sangue nas camisas brancas. Têm pêlos na zona inferior das mãos e mau hálito. – respondeu a Rosabel. - Para acabar com eles é preciso trespassar-lhes com uma estaca no coração ou decapitar-lhes.
- Pois, o pior é como vamos fazer isso! – suspirou o Pui-li.
- Muito obrigado, pela sua ajuda! – agradeceu o Samuel. – Vamos andando, desculpe pelo incómodo.
- Não querem ficar aqui mais um bocado e aproveitam para comer a torta de cogumelos que eu fiz? – sugeriu a Rosabel.
- Pode ser. – respondeu o Samuel.
Sentaram-se à mesa e comeram a torta de cogumelos e beberam chá preto.
- Estava tudo divinal! – elogiaram todos.
- Obrigada! – agradeceu a Rosabel.
Os Pequenos Grandes Heróis saíram de casa da Rosabel, mas Liliane resolveu colocar-lhe uma última questão:
- Os vampiros visitam-nos de noite nos nossos quartos?
- Sim. Fazem isso para poderem morder a vítima, sugando o seu sangue até à morte, quando esta está a dormir, pois as vítimas não sentem que estão a ser mordidas. Geralmente, os vampiros, costumam violar as vítimas. – respondeu a Rosabel.
Liliane ficou sem pinga de sangue. Será que a sombra que tinha vislumbrado na noite anterior seria um vampiro pronto para lhe sugar o sangue?
Foi com tal horribilidade e espanto, que Jimmy os informou que houvera mais um ataque vampírico, desta vez a vítima era uma rapariga que tinha sido gravemente espancada, violada, mutilada e drenada.

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