domingo, janeiro 15, 2006

Capítulo 10

Uma noite com o inimigo

Liliane ficou muito assustada. Ouviu um sussurro e viu sombras a moverem-se em redor dela, deixando-a tonta. Liliane desmaiou.
Quando acordou estava no cemitério.
- Já acordaste, sua dorminhoca? – gozou o Fernandino.
- Queres receber um beijo, minha linda? – perguntou o Tadeu.
- Não, seu nojento. – respondeu a Liliane.
Estava um frio de rachar. A noite estava escura e agora começava a nevar.
Liliane esfregou os braços para se aquecer e os dentes tiritavam de frio.
- Estás com frio, princesa? – questionou o Fernandino.
- Vamos levá-la para nossa casa? – sugeriu o Tadeu. – Lá está mais quente e temos mais privacidade...
- Boa ideia, Tadeu. – concordou o Fernandino.
Pegaram na frágil Liliane ao colo. Ela nem imaginava o que eles lhe iriam fazer...



Os restantes membros dos Pequenos Grandes Heróis estavam desmaiados num quarto muito escuro.
O primeiro a acordar foi o Alan, que se pôs a tentar acordar os outros.
- Mas onde é que estamos? – questionou o Jimmy.
- Não sei. – respondeu o Alan.
- Onde estão a Liliane e o Pui-li? – interrogou o Samuel.
- Não estão aqui... espero que estejam melhores que nós para nos salvarem. – disse o Doug.
Qual não foi o espanto de todos, ao ver irromper da porta...
- Rosabel!!! – admiraram-se todos.
- Olá, já estava a ficar com saudades vossas...
- Mas tu não tinhas morrido? – espantou-se o Samuel.
- Sim, mas ressuscitei do Mundo dos Mortos. – respondeu a Rosabel.
- És vampira? – questionou o Doug.
- Sim. – respondeu ela.
- O que nos vais fazer? – inquiriu o Alan, cheio de medo.
- Dar o vosso sangue precioso ao Mestre. – aclamou a Rosabel.
Rosabel chegou-se a eles e pegou neles com uma força sobrenatural.
- Vão morrer!!!
- Não!!! – gritaram.


Arrastaram a Liliane para o Castelo do Conde Drácula. O acesso era dificílimo.
Levaram Liliane para uma sala pouco iluminada, mas luxuosa com dois caixões ao centro.
- Como te chamas? – perguntou o Tadeu.
- Maribel. – mentiu a Liliane.
- Não mintas. – rosnou o Tadeu. – Nós conseguimos ler os pensamentos e tu chamas-te Liliane.
Liliane ficou cheia de medo.
- Sabes, Liliane, és uma sortuda! – exclamou o Tadeu.
- Porquê? – quis saber a Liliane.
- Por duas razões: primeiro: vais ser mordida por nós e serás uma vampira, logo vais participar na Colheita. Segundo: vais ver a execução dos teus amigos. – respondeu o Fernandino.
- O quê? Vocês têm os meus colegas? – horrorizou-se a Liliane.
- Sim, fofa. – respondeu o Tadeu.
- Onde é que eles estão? – quis saber a Liliane.
- Não estão aqui. Estão com a Rosabel. – respondeu o Fernandino.
- A Rosabel também é vampira? – espantou-se a Liliane.
- Sim. E tu também serás. – disse o Tadeu, maravilhado.
Tadeu e Fernandino agarraram-na.
- Não!!! Larguem-me!! Eu não quero ser vampira... não quero morrer! – gritou a Liliane.
Os vampiros pegaram na Liliane e algemaram-na numa cama e começaram a despi-la.
- Larguem-me! – debatia-se a Liliane.
Fernandino tapou-lhe a boca com um pano e violou-a. Tadeu também quis entrar na festa. No fim, beberam-lhe o sangue e obrigaram-na a beber um bocado do sangue deles. Liliane sentia-se frágil e muito zonza. Dentro de vinte e quatro horas, tornar-se-á uma vampira.
Será que alguém a conseguirá salvá-la a tempo? Talvez sim, talvez não...

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