sábado, janeiro 14, 2006

Capítulo 25

Novos namoros e o casamento da professora Rachel com o professor Patrick

- O que é que estão aqui a fazer, meninas? – quis saber a bibliotecária, a Sr.ª Brooke.
- Ficámos aqui trancadas ontem à noite. – respondeu a Andy.
- Mas eu chamei, a ver se havia alguém, mas ninguém me respondeu... além disso, não dei conta de vocês terem entrado... fizeram de propósito, para ficarem aqui trancadas? – perguntou a Sr.ª Brooke.
- Não. Nós não a ouvimos porque estávamos com certeza distraídas. – assegurou a Alanis.
- Bom, está bem... toca a sair! Já tiveram tempo que chegue aqui na biblioteca!... – reclamou a Sr.ª Brooke.
Saíram da biblioteca às gargalhadas. Nunca na vida pensaram em ficar trancadas e dormir dentro duma biblioteca.
- Foi tão bom, não foi? – inquiriu a Alanis.
- Foi... Alanis... queres namorar comigo? – questionou a Andy.
- Nós somos raparigas, nunca vai dar certo... – contrapôs a Alanis.
- E aquele beijo que demos na biblioteca? – perguntou a Andy.
- Foi só a brincar... vamos esquecer que aconteceu esse vexame? – inquiriu a Alanis.
- Não! Eu amo-te, Alanis. – gritou a Andy.
- Andy, não! Nós só somos amigas, nada mais... vamos esquecer o beijo... – contradisse a Alanis.
- Não! – choramingou a Andy. – Eu sei que tu também gostas de mim...
- Não, não gosto... quer dizer... só como amiga!... – disse a Alanis.
- Não quero falar mais contigo, sua fraca! Tu não demonstras o que tu sentes, porque tens medo das reacções dos outros... assim não estás a ser livre, mas sim uma idiota pateta... – berrou a Andy.
Alanis pregou-lhe uma chapada na cara.
- Não é nada disso. Eu não te amo, lésbica! – gritou a Alanis.
- Odeio-te, Alanis. – chorou a Andy.
- Óptimo, sua fufa. – protestou a Alanis.
Andy foi-se embora a chorar e a Alanis também.
- O que se passa? – quis saber o Henry, ao passar pela Alanis.
- Eu e a Andy deixamos de ser amigas. – respondeu a Alanis.
- Porquê? – inquiriu o Henry.
- Ela acabou de me dizer que me ama... – desabafou a Alanis.
- Ela é... lésbica?! – perguntou, Henry, a medo.
- Sim. – respondeu a Alanis.
- E tu deste-lhe com os pés, não foi? – questionou o Henry.
- Foi. – respondeu a Alanis.
- Fizeste bem. – opinou o Henry.
- Mas também chamei-lhe nomes muito feios... – choramingou, Alanis, arrependida.
- É normal, estavas nervosa... eu também ficava assim se o meu melhor amigo confessasse que me amava... – disse o Henry.
- Obrigada, Henry. – agradeceu a Alanis, abraçando-o.

Passado um mês...

Finalmente, o grande dia! O casamento de Rachel com Patrick.
- Estás tão bonita! – exclamou a Alice, que se tinha encarregado de fazer o penteado e a maquilhagem.
- Claro! Tenho que ir bem bonita para o meu casamento! Não quero que o meu Patrick se arrependa de ter casado comigo... – disse a Rachel.
Os padrinhos de casamento eram o professor Ralph e a professora Wendy.
- Tenho de ir ao meu quarto arranjar-me, está bem? – informou a Alice.
Alice cruzou com o irmão e este falou-lhe:
- O que foste fazer aos Estados Unidos? Essa história de só ter ido passear e fazer compras, não me convence... não sou parvo como o Ralph... ele confia tanto em ti, mana! Mal ele sabe o que tu és de verdade...
- E nem vai saber. – disse a Alice.
- Então? O que foste lá fazer? – quis saber o Mark.
- Fui fazer um aborto clandestino. – respondeu a Alice.
- Estavas grávida? – inquiriu o Mark.
- Sim.
- De quantos meses? Não parecias estar grávida! – surpreendeu-se o Mark.
- De três meses. Já não podia disfarçar mais, pondo panos e mais panos à volta da minha barriga e a dizer ao Ralph que não podia fazer amor, por estar cheia de dores de cabeça. Ele já andava a desconfiar, quase um mês sem me ver nua!... – explicou a Alice.
- Porque fizeste aborto? – perguntou o Mark.
- Porque não sabia quem era o pai: se era o Ralph ou se era o Benjamin. – respondeu a Alice.
- Mas podias dizer ao Ralph que o filho era dele... aliás, até podia ser dele... – disse o Mark.
- Eu sei... mas se o meu filho não fosse do Ralph, mas sim do Benjamin, eu não poderia mentir-lhe porque o meu filho seria mulato. – disse a Alice.
- Tens razão! – exclamou o Mark.
- Por isso, em caso de dúvida... estou de consciência tranquila. – disse a Alice. – Se eu ficar grávida, já sei que o filho é de Ralph e já não tenho de me preocupar.
- Não te importas de ter um filho do Ralph?!
- Não. Eu vou casar-me com ele, porque se eu continuar solteira, vou continuar a ser uma vagabunda como antes e eu já estou farta daquela vida, nasci para ser rica e bem tratada... – contrariou a Alice.
- Eu já estou casado, agora só me falta ter um filho... – disse o Mark.
- Agora, com licença, que eu já estou atrasada para me arranjar. – desculpou-se a Alice.
Quando lá chegou, viu o Ralph a dar um nó na gravata, estava quase pronto.
- Fofa, despacha-te! Não demores muito, só falta duas horas para o casamento! – alertou o Ralph.
- Eu sei, amor. – disse a Alice.
Ralph saiu do quarto e Alice foi tomar um duche rápido, vestiu o seu vestido azul escuro, maquilhou-se, arranjou o seu penteado, perfumou-se... tudo numa hora e meia.
Alice desceu as escadas à pressa e foi a correr para o adro da capela.
Passado três horas, foram todos os professores para um restaurante (excepto a Bridget, que ficou a tomar conta dos estudantes).
- Hoje é o dia mais feliz da minha vida! – exclamou o Patrick.
- Oh, querido! – exclamou a Rachel, dando-lhe um beijo apaixonado.
Todos bateram palmas.
- Alice, estás profundamente bela, (como sempre)! – admirou-se o Ralph.
- Obrigada, tu também estás muito bonito! – lisonjeou-se a Alice.
Almoçaram, riram, contaram piadas e tiraram montes de fotografias. Foi muito divertido!
Patrick pegou na Rachel ao colo e levou-a até ao carro.
- Vamos para um hotel de cinco estrelas fazer muitos filhinhos! – brincou a Rachel.
- Um de cada vez, Rachel! – brincou a Alice.
Todos se riram com gosto.
- O próximo casamento vai ser o meu com a «minha ninfa». – informou o Ralph, beijando a professora Alice.
- Boa! Quantos mais casamentos houver, melhor! – entusiasmou-se o Mark, completamente bêbado.

Sem comentários: