sábado, janeiro 14, 2006

Capítulo 5

Os professores do colégio e Andy Foster


Na manhã seguinte, Henry e o Eric acordaram bem dispostos; vestiram-se e tomaram o pequeno almoço.
A primeira aula era de Matemática.
- Muito bem! Uma boa dose de Matemática para começar o dia! – exclamou a professora.- Vamos apresentar-nos. Eu chamo-me Alice Kerrod.
- Eu chamo-me Andy.
- Eu chamo-me Anne.
- Eu chamo-me Beatrice.
- Eu chamo-me Bertha.
- Eu chamo-me Bill.
- Eu chamo-me Caroline.
- Eu chamo-me Charles.
- Eu chamo-me Elizabeth.
- Eu chamo-me Eric.
- Eu chamo-me Henry.
- Eu chamo-me Ivan.
- Eu chamo-me Ken.
- Eu chamo-me James.
- Eu chamo-me Jim.
- Eu chamo-me Joanne.
- Eu chamo-me John.
- Eu chamo-me Martha.
- Eu chamo-me Martin.
- Eu chamo-me Sarah.
- Eu chamo-me Walter.
- Eu chamo-me Wanda.
- Muito bem, vamos começar a aula. Abram o vosso livro na página 8 e 9. – informou a professora Kerrod.
Abriram o livro.
- O primeiro capítulo é: “Conhecer melhor os números” e vamos dar os Múltiplos e Divisores. – anunciou a professora Kerrod. – Vamos fazer o primeiro exercício. Andy lê, se faz favor.
- Para[1] encontrar o tesouro, este pirata deve passar de um número ao outro alternando múltiplos e divisores, como se pode ver no exemplo. Conseguirá chegar ao tesouro? – leu a Andy.
Passado 2 minutos:
- Quem sabe como ele pode chegar ao tesouro? – perguntou a professora Kerrod.
Andy levantou o braço no ar.
- Diz lá, Andy.
- Ele pode chegar ao tesouro pelo seguinte caminho: ia para o 14-56-7-28-4-36-3-90-15-45-9-72-8-48-12-36-2 e chegaria ao tesouro. – respondeu a Andy.
- Muito bem, Andy! – espantou-se a professora Kerrod.
- Obrigada, professora Kerrod! – agradeceu a Andy.
- Vamos para o 2º exercício. – avisou a professora Kerrod.- Anne lê.
- Quadrado multimágico: num quadrado multimágico o produto dos números representados em cada linha, coluna ou diagonal é sempre o mesmo. Completa o seguinte quadrado multimágico utilizando todos os divisores de 36. – leu a Anne.
Passado 2 minutos:
- Então como é que se faz? – inquiriu a professora Kerrod.
Mais ninguém levantou a mão, a não ser a Andy.
- Só a Andy é que sabe?! – admirou-se a professora Kerrod.- Vocês têm que estudar mais. Diz lá, Andy.
- No primeiro quadrado é o 3, a seguir o 2, à direita o 4, á esquerda o 9, depois o 18 e por último é o 12. – respondeu a Andy.
- Muito bem, Andy! – exclamou a professora Kerrod.- Vamos para o 3º exercício que é sobre as Potências. Lê Beatrice.
- Como contar o número dos teus antepassados.
1.ª geração: tu
2.ª geração: os teus pais
3.ª geração: os teus avós
4.ª geração: os teus bisavós

3.1.Escreve o número dos teus antepassados, por geração, até à 4.ª.
3.2.Quantos antepassados existem na 5.ª geração?
3.3.Quantos antepassados existem na 7.ª geração? – leu a Beatrice.
Passado 2 minutos:
- Como se faz? – questionou a professora Kerrod.
Andy foi a única a levantar o braço.
- No meu caso, na 1.ª geração há 1. Mas na 2.ª geração são 2 para toda a gente. 3.ª geração: 2x2=2 elevado a 2=4 4.ª geração:2x2x2= 2 elevado a 3 = 8 5.ª geração: 2 elevado a 4 = 16 7.ª geração: 2 elevado a 6=64. – respondeu a Andy.
- Muito bem, Andy! – espantou-se a professora Kerrod.- Vamos para o exercício 4. Lê Bertha.
- Copia e completa a seguinte tabela. – leu a Bertha.
Passado 3 minutos:
- Quem sabe como se completa? – perguntou a professora Kerrod.- Andy, diz lá.

- Muito bem, Andy! – surpreendeu-se a professora Kerrod.- Vamos fazer o exercício 5, que é sobre expressões numéricas. Bill, lê.
- Podemos obter 20 de nove maneiras diferentes utilizando: unicamente o 2;...; unicamente o 9.
5.1. Verifica que assim é nas seguintes expressões numéricas:
Passado 2 minutos:
- Como se faz, então? – questionou a professora Kerrod.- Andy, vem ao quadro.

a) 11+11-(1+1)=20 b) 3 elevado a 3 – (3+3+3/3)=20

c)6+6+6+ 6+6/6=20[2] d)7+7+7+7- 7:7=20

e)8+8+ 8x8/8+8=20 f)9+9+ 9+9/9=20

5.2.Tenta encontrar as expressões numéricas que usam unicamente:
a) o 2 =22-2=20 b) o 4 = 4x4+4=20 c) o 5 = 5x5-5=20
- Muito bem, Andy! Como sabias isso tudo sem eu ensinar? – quis saber a professora Kerrod.
- Estudei muito nas férias. E como o meu pai já foi professor de Matemática, ensinou-me e explicou-me e agora já sei quase tudo de todas as disciplinas. – explicou a Andy, muito contente e convencida.
- Óptimo! Nunca vi uma aluna tão trabalhadora! – exclamou a professora Kerrod.
- Obrigada, Sr.ª professora. – agradeceu a Andy.
- Não te estou a elogiar, estou a dizer a verdade! – disse a professora Kerrod. - Muito bem, meninos, trabalhos de casa: página 10 e 11, os exercícios todos e estudem muito, como a vossa colega Andy.
- Mas como vamos fazer os T.P.C. se a professora não ensinou como se faz as coisas? – perguntou o Charles.
- Não ensinei?! CLARO, QUE ENSINEI! – berrou a professora Kerrod. - Se não souberem como se faz, estudem. Hoje é a lição n.º 1 e 2 e o sumário é: Apresentação dos alunos e da professora.
Iniciação de um novo capitulo: “Conhecer melhor os números”.
Múltiplos e Divisores.
Potências.
Exercícios do livro (pág. 8 e 9).
Tocou para a saída.
- Até que enfim, saímos de lá... estava a ficar um inferno! – exclamou o Henry.
- É verdade. Aquela professora não ensinou nada... viu que a Andy sabia e pensou que os outros também sabiam. – concordou o Charles.
- Pois; mas nós não somos a Andy. – protestou o Henry.- Aquela rapariga só deve estudar!
- Logo que acordei estava tão bem disposto, mas por causa daquela professora e daquela Andy... já estou mal disposto. – exclamou o Eric.
Nesse preciso momento apareceu a Andy a correr depressa muito triste.
- Acho que ela ouviu. – avisou o Henry.
- Bem feito; para ela não se fazer mais esperta que os outros. – rugiu o Eric.
- Ela não se faz... ela é mesmo mais esperta que nós! – corrigiu o Henry.
- Podes crer!... – concordou o Charles.
Tocou para a aula de Francês.
- Vamos ver se nesta aula não se faz de espertinha... – constrangeu o Eric.
- Olá meninos, chamo-me Nancy Clinton e sou a vossa professora de Francês.- Agora vão se apresentar.
- Eu chamo-me Andy.
- Eu chamo-me Anne.
- Eu chamo-me Beatrice.
- Eu chamo-me Bertha.
- Eu chamo-me Bill.
- Eu chamo-me Caroline.
- Eu chamo-me Charles.
- Eu chamo-me Elizabeth.
- Eu chamo-me Eric.
- Eu chamo-me Henry.
- Eu chamo-me Ivan.
- Eu chamo-me Ken.
- Eu chamo-me James.
- Eu chamo-me Jim.
- Eu chamo-me Joanne.
- Eu chamo-me John.
- Eu chamo-me Martha.
- Eu chamo-me Martin.
- Eu chamo-me Sarah.
- Eu chamo-me Walter.
- Eu chamo-me Wanda.
- Muito bem, vamos abrir o livro na página 14.- Tem aí uns mapas para identificar qual é o de França, o do Reino Unido, o da Itália e o de Portugal. O A de que país é? – perguntou a professora Clinton.
Todos levantaram o braço.
- Este menino. – disse a professora Clinton.
- França. – respondeu o Henry.
- O B? – inquiriu a professora Clinton.
- Portugal. – respondeu a Andy.
- O C? – questionou a professora Clinton.
- Reino Unido. – respondeu o Jim.
- O D? – perguntou a professora Clinton.
- Itália. – respondeu o Walter.
- No exercício 2 é para pintar de azul as zonas assinaladas com “+” e verás aparecer a forma de França. E pinta de vermelho todas as figuras de olhos fechados e verás o contorno de França.[3] – informou a professora Clinton. – Pintam lá.
Passado 3 minutos.
No exercício 3, diz: entre estes 8 países, 4 fazem fronteira com a França. Indica-os. Olhem lá para o mapa. - Será que a Bélgica faz fronteira com a França? – perguntou a professora Clinton.
- Faz. – respondeu a Wanda.
- Muito bem. E a Itália? – inquiriu a professora Clinton.
- Faz. – respondeu a Sarah.
- E a Espanha? – questionou a professora Clinton.
- Faz. – respondeu o Martin.
- E a Suíça? – interrogou a professora Clinton.
- Faz. – respondeu a Martha.
- A Polónia faz? – perguntou a professora Clinton.
- Não. – respondeu o John.
- Será que Portugal faz?
- Não. – respondeu o Eric.
- A Hungria? – questionou a professora Clinton.
- Não. – respondeu o Ken.
- E a Finlândia? – inquiriu a professora Clinton.
- Não. – respondeu a Joanne.
- Na página 16, está um mapa-múndi e em cada continente tem um ou mais países que falam francês e as respectivas bandeiras em baixo. – explicou a professora Clinton.- Na África, que em Francês diz-se Afrique digam-me um país que fale Francês.
- Egipto. – respondeu a Andy.
- Muito bem. Em Francês diz-se Égypte. – disse a professora Clinton.
- E na América? Que em Francês diz-se Amérique. – interrogou a professora Clinton.
- O Canadá. – respondeu a Anne.
- Muito bem! Em Francês diz-se Canada. – disse a professora Clinton. E na Ásia? Que em Francês diz-se Asie.
- Vietname. – respondeu a Bertha.
- Muito bem! Em Francês diz-se Vietnam. – respondeu a professora Clinton.- Na Oceânia? Que em Francês diz-se Océanie.
- Vanuatu – respondeu o Bill.
- Muito bem, e na Europa? Que em Francês é Europe. – interrogou a professora Clinton.
- Roménia. – respondeu o Eric.
- Muito bem! Em Francês diz-se Roumanie. – disse a professora Clinton.- Na página 18, tem imagens que é preciso legenda. A primeira gravura toda a gente conhece. Como se chama?
- É a Torre Eiffel. – respondeu o Charles.
- Muito bem! Em Francês é: La Tour Eiffel. – ensinou a professora Clinton, enquanto escrevia no quadro e os alunos escreviam no livro.
- A segunda imagem é: La Villete, a terceira imagem é: La Défense, a quarta imagem é: L’Opéra, a quinta imagem é? – perguntou a professora Clinton.
- O Arco do Triunfo. – respondeu o Martin.
- Muito bem! Em Francês é: L’Arc de Triomphe, a sexta imagem é: La Seine, a sétima imagem é: Le centre Georges Pompidou, a oitava, a nona e a décima imagem o que são?
- A nona é o metro e a décima é a Catedral de Notre- Dame, mas a oitava não sei o que é. – respondeu a Andy.
- Muito bem! A oitava é: Le Louvre, a nona é: Le métro e a décima é: La Cathédral de Notre-Dame. – explicou a professora Clinton. Para trabalho de casa vai a página 20; que é para pôr A se forem vinhos, B se forem monumentos, C se forem carros, D se forem moda, E se forem queijos e F se forem centros de diversão. Peugeot, Camembert, Bordeaux, Champagne, Eurodisney, Cognac, Citröen, Lacoste, Le Louvre, Naf Naf, Renault são tudo marcas ou nomes característicos de França, alguns nomes vocês já conhecem. – informou a professora Clinton.- Muito bem; o sumário é:

La France: Le Pays et la langue.
Les monuments.
Les payses que parlent français.

Tocou para a hora de almoço.
O almoço era frango com batatas fitas.
- Como te estão a correr as aulas, Eric? – perguntou o Thomas.
- Mais ou menos. – respondeu o Eric.
- Conhece-lo? – perguntou o Henry.
- Claro, ele é meu irmão. – respondeu o Eric.- Prefiro a professora de Francês, ela pelo menos liga a toda a turma, não é só à Andy!
- A Andy ouviu outra vez! – exclamou o Henry, enquanto vi a Andy a correr muito triste.
- Estou pouco me lixando. – respondeu o Eric.
- Vamos ter Inglês. – disse o Henry, enquanto tocava a sineta.
- Olá, meninos chamo-me Wendy Romanoff, e sou a vossa professora de Inglês.- Apresentem-se.
Apresentaram-se.
- Muito bem, abram o vosso livro na página 16 vamos dar o texto dramático e o texto “Serafim e Malacueco na Corte do Rei Escama” é um exemplo de um texto dramático.- Mas o que é um texto dramático?
- É um texto com drama. – respondeu o Eric, fazendo-se de esperto.
- Sim, está bem... mas o que é um texto com drama? – perguntou a professora Romanoff.
- É um texto feito especialmente para representar. – respondeu a Andy.
- É isso mesmo. É um texto para representar. – disse a professora Romanoff.- Quem quer ler o texto “Serafim e Malacueco”?
Vários levantaram a mão.
- Andy, vai ler as didascálias e o cenário, o loirinho vai ser o Serafim, o ruivinho pode ser o Malacueco e o lá de trás pode ser o pirata. – pediu a professora Romanoff.
- (Cenário: a fachada de uma casa simples – uma porta e uma janela – com estrutura de rodas, que a movimente em cena.)
(Aparecem dois vagabundos esfarrapados: Serafim, o magro; Malacueco, o gordo.)
Serafim – Ai que sono! Que preguiça! Que cansaço!
Malacueco – Ai que estafa! Que fadiga! Que quebreira!
(...)
Pirata da Perna de Pau – Quem são vocês?
Serafim – Serafim...
(muito encolhido, com a voz a sumir-se)
Pirata – O quê?
Serafim – Serafim.
(mais alto, mas ainda assustado)
Pirata – E tu?
(para Malacueco)
Malacueco – Ma... la...cué...cué...cueco.[4]
(...)
- Muito bem! Agora vamos fazer a Compreensão de Texto. – disse a professora Romanoff.- Então, como se sentem Serafim e Malacueco no início do texto?
- Sentem-se cansados e com fome. – respondeu o Henry.
- A que meio social pertencem? Justifica a tua resposta com uma expressão textual. – perguntou a professora Romanoff.
- São pobres. “Aparecem dois vagabundos esfarrapados...” – respondeu o Eric.
- Porque razão decidem bater à porta de uma casa?
- Para lhes dar de comer e dormir. – respondeu a Caroline.
- Após terem batido à porta, que fazem as duas personagens? – inquiriu a professora Romanoff.
- Apresentam-se, pedem comida e dormida em troca de trabalho. – respondeu a Andy.
- Como é que caracterizam o Pirata Perna de Pau? – questionou a professora Romanoff.
- Mandão, irónico e hostil. – respondeu a Beatrice.
- E Serafim e Malacueco, como os caracterizas no diálogo com o pirata? – interrogou a professora Romanoff.
- Estão com medo, são humildes e obedientes. – respondeu a Sarah.
- Para trabalho de casa, vocês vão procurar no dicionário o significado das palavras: larica, estalagem, equipagem, maroscas e ilusão.- E continuar o texto do “Serafim e o Malacueco na Corte do Rei Escama”, depois de o Pirata da Perna de Pau ter cantado vitória, uma minúscula ilha apareceu em cena. Seria a salvação para Serafim e Malacueco? Escreve a “cena 2” e continua o texto dramático. – informou a professora Romanoff.- O sumário é:
Texto dramático.
Leitura e compreensão do texto: “Serafim e Malacueco na Corte do Rei Escama”.
Tocou a sineta para a saída.
Como era a última aula, Henry e Eric foram lá para fora jogar futebol, mais os outros rapazes que quisessem jogar.
Andy estava debaixo de uma árvore a fazer os trabalhos de casa. Quando acabou ficou ali sentada a ver os rapazes a jogar futebol.
- Au! Estúpido! Joga com mais cuidado, palerma! – gritou a Andy, quando levou com a bola na cabeça.
- Desculpa. – pediu o Eric.
Entreolharam-se e ficaram a olhar durante algum tempo um para o outro.
- Estás desculpado. Mas para a próxima... joga com mais cuidado. – perdoou a Andy.
- ‘ tá, desculpa lá, pá. – pediu o Eric.
Depois disto, Eric continuou a jogar e de vez em quando olhava para Andy, que continuava a vê-los com os livros na mão e com um sorriso nos lábios.
[1] Os exercícios (escritos em Itálico) foram retirados do livro de Matemática: “Matematicamente Falando”.
[2] O que está a cinzento indica a resolução dos exercícios.
[3] Todas as perguntas (em Itálico) foram retiradas do livro de Francês “Club Des Mots”.
[4] O texto “Serafim e Malacueco na Corte do Rei Escama” foi escrito por António Torrado, Teatro às Três Pancadas, retirado do livro de Português: “Ponto por Ponto”.

Sem comentários: