domingo, janeiro 15, 2006

Capítulo 7

Uma noite de pesadelo termina em sonho

Liliane foi deitar-se. Estava cheia de medo.
A madrugada tinha sido calma e silenciosa, quando Liliane começou a ouvir pancadas na janela.
Liliane escondeu-se debaixo dos lençóis e as pancadas continuaram.
Liliane saiu do quarto e viu rastos de sangue no chão, nas paredes e uma faca espetada na porta. Liliane gritou. Começou a ouvir vozes fantasmagóricas. Liliane foi bater à porta do quarto do Pui-li, precisava de contar isto a alguém e Pui-li tinha-lhe salvo a vida, merecia saber primeiro.
Pui-li foi abrir a porta, com o cabelo desgrenhado e cheio de sono.
- O que queres, Liliane? – perguntou a meio de um bocejo.
- Preciso de falar contigo. Estou cheia de medo! – respondeu ela.
Liliane entrou dentro do quarto e explicou tudo.
- Posso ver? – quis saber o Pui-li.
Pui-li foi examinar a faca e o sangue, com a Liliane atrás, muito assustada.
- Pui-li, és tão corajoso ! – exclamou a Liliane.
Pui-li sorriu, satisfeito com o comentário.
- Achas que os vampiros vão atacar-me outra vez? – inquiriu a Liliane.
- É o mais provável. – abonou o Pui-li.
- Tenho medo!
- Não receies, Liliane. Eu vou proteger-te. – tentou tranquilizar, o Pui-li.
- A sério?! – admirou-se a Liliane.
- Sim. – confirmou o Pui-li, dando-lhe um abraço confortante.
- Como consegues ser meu amigo, depois dos nomes que te chamei? – interrogou a Liliane.
- Eu sei que não dizes por mal, é próprio do teu carácter. – disse o Pui-li. – Queres dormir comigo? Juro que não me vou aproveitar de ti...
- Sim, eu tenho muito medo de estar sozinha... – respondeu a Liliane.
- Não estás sozinha... estás comigo. Estás com todos os membros da patrulha. – desdisse o Pui-li. – Agora acredito em ti, na sombra que viste, no sangue nos lençóis...
- Tu és o único que se preocupa comigo... – suspirou a Liliane.
- Liliane, isso não é verdade. Todos gostam de ti e estão preocupados contigo. Pode ser que não demonstrem tanto como eu, mas preocupam-se contigo. – discordou o Pui-li.
Liliane abraçou o Pui-li. Como precisava de um ombro amigo, neste momento horrível.
Liliane e Pui-li deitaram-se e Liliane agarrou-se ao Pui-li, dizendo:
- Não me deixes sozinha; protege-me.
- Claro, Liliane. Sou teu amigo. – assegurou o Pui-li. – Não vais morrer... não podes morrer...
Liliane e Pui-li adormeceram abraçados um ao outro.

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