sábado, janeiro 14, 2006

Capítulo 28

A festa do Dia da Criança

O dia estava solarengo e as crianças estavam muito contentes.
A primeira actividade era a partida de futebol. Os jogadores já se encontravam prontos para o jogo. Toda a escola foi ver.
Formaram-se as equipas: “Os Dominadores (Saviors, rapazes)”, “Os Invencíveis” (Courageous, rapazes), “Os Imperadores” (Honest, rapazes) e “Os Selvagens” (Strong, rapazes). “As Conquistadoras” (Saviors, raparigas), “All Stars” (Courageous, raparigas), “As Beautiful Girls” (Honest, raparigas) e “As Sport Girls” (Strong, raparigas). Henry era membro da equipa “Os Dominadores”.
- Os Dominadores jogarão com os Selvagens, os Invencíveis com os Imperadores. As Conquistadoras com as Beautiful Girls e as Sport Girls com as All Stars. – informou o professor Ralph Brown.
Os jogos decorreram animadíssimos. A plateia estava ao rubro. Assobios, cantos de glória, gritos...
Por fim, os jogos de futebol acabaram. Os Dominadores venceram aos Selvagens, os Imperadores aos Invencíveis, as Conquistadoras às Beautiful Girls e as Sport Girls às All Stars.



Nesse mesmo instante, já estavam a preparar as redes de voleibol. As equipas já estavam preparadas e permaneceram os mesmos nomes de equipa mas com jogadores diferentes. O mesmo aconteceu no jogo de basquetebol.
- Agora, vamos almoçar. – informou Alice Kerrod.

Depois de almoçar, foi a vez da passagem de modelos, onde participaram o Eric e a Andy.
O Eric ficou envergonhado por ser o único rapaz a participar na passagem de modelos e suspirou:
- Acho que não vou participar...
- Eric, participa. Se este é o teu sonho tens de lutar por ele. – opinou a Andy.
- Mas os outros vão gozar comigo por eu realizar o meu sonho... – duvidou o Eric.
- Não interessa o que os outros pensam, mas sim, o que tu pensas. – disse a Andy.
- Meninos, aos vossos lugares. – anunciou a professora Rachel.
- Eu não vou! – decidiu o Eric.
- Vais sim. - disse a Andy puxando o Eric.
Quando o Eric subiu à passerelle, os rapazes e as raparigas começaram a gozar com ele, à excepção do Henry e da Alanis.
O Eric saiu dali a correr cheio de vergonha.
- Meninos, mas que coisa mais feia! Gozar com um colega vosso, por ele estar a fazer uma coisa que ele gosta!… pelo contrário; deviam estar a felicitá-lo por ter tido a coragem de fazer aquilo que muitos rapazes desejam, mas não têm a coragem de o assumir. – ralhou a professora Caroline Spears.
Todos bateram palmas e louvaram o discurso, rindo-se.
Caroline foi-se embora, desiludida.
O desfile de moda realizou-se sem o maior distúrbio.
O Eric encontrava-se nos vestiários a chorar.
- Eric, limpa essas lágrimas e vai desfilar! – disse a Andy.
O Eric foi ver o desfile de moda e não se conteve. Subiu ao palco e foi desfilar.
- Mas que estilo! – exclamou a Alanis.

Depois do desfile de moda era natação, pelo qual realizava-se na piscina. Todos estavam prontos para começar, quando nesse preciso momento um rapaz do primeiro ano foi empurrado para a piscina e gritou:
- Não sei nadar...não sei...na...dar!
Mark Kerrod tirou a T-shirt e saltou logo para a piscina. Mas em vez de salvá-lo afogou-o, e o rapaz que não sabia nadar, morreu.
Quando os outros colegas viram que ele não tinha voltado à superfície gritaram e a professora Caroline disse aterrorizada:
- Amor, porque é que não o salvaste?
- Eu não tive tempo. - respondeu Mark Kerrod a fingir que também estava aterrorizado.
- Como é que ele não teve tempo? Ele teve todo o tempo do mundo, ele está a fingir. – disse o Henry, aos outros.
- É verdade, ele está a mentir à sua “querida” mulher.- afirmou Andy.
- Sim, e ela acredita! É mesmo dela. – continuou o Eric.
- Eu não sei como ela se foi apaixonar por aquele homem, quer dizer pelo seu “Amor” como ela diz. – continuou a Alanis.
Enquanto os outros estavam a falar mal de Mark Kerrod, este estava a levar a Caroline Spears para o seu quarto para fazer sexo.
Enquanto Mark Kerrod ia-se despindo, Caroline Spears ia pensando no rapaz que tinha morrido.
Quando Mark Kerrod chegou ao seu quarto, a sua querida esposa tinha desaparecido e em vez da sua esposa estava a Bridget Hollyer e ele não sabia, e ele fez sexo com a subdirectora do colégio.
Quando acabaram ela exclamou:
- Eu não sabia que eras tão bom na cama!
- Mas já fizeste amor comigo, querida!... – espantou-se o Mark Kerrod.
- Não, eu nunca fiz sexo consigo. – desdisse a Bridget Hollyer.
Mark reparou que a voz não era de Caroline e acendeu a luz, pois uma das suas fantasias era fazer sexo às escuras e essa fantasia iria ser realizada nesse dia.
- Bridget Hollyer! – admirou-se o Mark Kerrod, aterrorizado. – Aquela mulher fogosa, com quem eu fiz sexo era a senhora?
- Sim, e pelos vistos, estou muito satisfeita com o seu serviço!... Sabe, desde os meus cinquenta anos que sonho em fazer sexo com jovens como o senhor Mark Kerrod. – respondeu a Bridget Hollyer.
- Amor, eu fui à casa de banho... o que é que a senhora ESTÁ A FAZER AQUI. – exclamou a Caroline Spears.
- Sabias que o teu marido é tão bom na cama? Tens cá uma sorte! – suspirou a Bridget.
- Mark tu fizeste sexo com a Bridget? – perguntou Caroline, furiosa.
- Sim, mas foi sem querer, eu pensava que eras tu que estavas na cama e... – respondeu Mark cheio de medo de acabar com a Caroline.
- Ah!!! Então pensavas que era eu na cama? – disse Caroline furiosa. – A luz não estava acesa, por acaso?
- Não, estava apagada. Eu não vi nada, eu pensava que eras tu que estavas na cama e não a Bridget, eu nem sabia que ela vinha aqui!
- O que veio cá fazer? – quis saber a Caroline.
- Eu vou explicar: eu queria dormir uma sesta, só que não posso dormir no meu quarto, porque deitei insecticida, que faz muito mal à saúde. – explicou a Bridget.
- Porque é que não pediu licença? Não vê que é muito feio entrar no quarto das outras pessoas? – ralhou a Caroline Spears.
- Sei, mas é que não vi ninguém, pois pensei que iam estar lá na festa, vim-me deitar. Além do mais, este quarto é o que está mais abrigado do sol, logo, há mais sombra e é mais escuro. Ideal para uma sesta. – explicou a Bridget.
- Saia já do meu quarto. – gritou a Caroline. – Ainda por cima, aproveitou-se do meu marido...
- Não é isso minha querida, eu não queria, mas... a maneira como o seu marido tocou-me e beijou-me, não consegui resistir... além do mais, já não faço sexo à trinta anos, já estava com saudades... ainda por cima com um jovem!... – suspirou a Bridget Hollyer, alegremente.
Caroline não se conteve e agrediu a Bridget. Bridget gritou e foi-se embora, comentando:
- Ai, essa juventude já não respeita os mais velhos!
- Desculpa, Caroline, é que eu... – desculpou-se o Mark.
- Não desculpo, não, seu estúpido. – gritou a Caroline Spears, dando-lhe uma chapada. – Odeio-te, Mark. Quero divorciar-me.
- Caroline, espera...



- Agora, vamos dar início à dança! – anunciou o professor Ralph Brown.
Os bailarinos subiram ao palco. Estavam maquilhados e vestidos da mesma maneira. Via-se que estavam muito bem ensaiados.



- Agora vamos dar início ao concurso de talentos. – informou o professor Ralph.
- Estou tão nervosa!... – suspirou a Alanis.
- O que vais fazer? – quis saber o Michael.
- Vou cantar e vocês? – perguntou a Alanis.
- Eu vou tocar baixo e o meu irmão vai tocar bateria. – respondeu o Michael.
- Michael e Bernard Ross. – chamou o Ralph.
Subiram ao palco com algum nervosismo, mas correu tudo bem.
- Tocam muito bem! – elogiou a Alanis.
- Obrigado! – agradeceu o Bernard.
- Alanis Takichawa. – chamou o Ralph.
Alanis cantou “My Immortal” dos Evanescence.
- Cantas muito bem! Sabes cantar músicas tipo: rock, hip hop?... – perguntou o Bernard.
- Sei. – respondeu a Alanis.
- Yves Smith. – chamou o Ralph.
Yves tocou órgão com efeitos especiais bem fixes.
- Uau! – exclamou o Michael.
- Podes crer! – concordou o Bernard.
- Edward Rowland. – chamou o Ralph.
Edward cantou “One Step Closer” dos Likin Park, acompanhado da sua guitarra eléctrica.
- Eu não sabia que no nosso colégio havia tantos talentosos! – espantou-se o Bernard.
- Podes crer! – concordou o Michael.
- E se fizéssemos uma banda: eu, o Michael, o Yves, o Edward e a Alanis? – sugeriu o Bernard.
- O que é que achas? Alanis, queres fazer parte da nossa banda? – questionou o Michael.
- Claro. – aceitou a Alanis.
- Yves, estávamos a querer fazer uma banda, será que tu gostavas de fazer parte dela? – perguntou o Bernard.
- Quem faz parte da banda? – inquiriu o Yves.
- Eu, o meu irmão Bernard, a Alanis, tu se quiseres e iremos perguntar ao Edward. – respondeu o Bernard.
- Fixe! Claro que aceito! O meu maior sonho era poder tocar numa banda e esse sonho tornar-se-á real! – admirou-se o Yves.
- Edward, queres fazer parte de uma banda? – perguntou o Bernard.
- Está bem. – aceitou o Edward.
- Só falta escolher um nome para o grupo. – disse o Michael.
- Toca a pensar. – ordenou o Bernard.
Pensaram por um bocado, quando Alanis sugeriu, com um raciocínio lógico:
- Maybe. Representa as nossas iniciais: M de Michael, A de Alanis, Y de Yves, B de Bernard, E de Edward.
- Óptima ideia! – apoiaram todos.
- A partir de agora somos os Maybe. – disse o Bernard.
- Viva os Maybe! – louvaram eles.
Yves era um rapaz de dezasseis anos, cabelo preto e olhos castanhos. Edward era um rapaz de quinze anos com cabelo pintado de loiro arruivado e olhos castanhos.

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