domingo, janeiro 15, 2006

Capítulo 6


A noite de Halloween



Todos estavam entusiasmados com o Dia das Bruxas, pois abriria o novo parque de diversões.
Uma fila enorme amontoava-se na entrada e os Pequenos Grandes Heróis eram apenas seis das muitas pessoas que lá estavam.
Estava escuro como breu. As únicas coisas que iluminavam a noite eram as lanternas das abóboras, os holofotes da rua e a Lua Cheia branca e muito redonda.
As ruas estavam uma animação e parecia que toda a população e turistas da Roménia estavam na inauguração do parque de diversões mais assustador do Mundo.
Passado mais ou menos uma hora à espera, os Pequenos Grandes Heróis conseguiram entrar no parque.
Realmente era sinistro.
Visitaram muitas coisas e acharam o parque de diversões muito assustador.
Liliane foi a uma barraca pedir algodão doce e deu de caras com... a Rosabel!!!
- Olá, Rosabel! Trabalhas aqui? – espantou-se a Liliane.
- Olá, Liliane! Estou a vender as minhas farturas aqui no parque e estou a fazer um bom negócio! – saudou a Rosabel.
Os rapazes foram ter com a Liliane, saudaram a Rosabel e aproveitaram para comprar umas farturas.
Enquanto todos se riam, Liliane reparou num rapaz vestido de preto e constatou que era o mesmo rapaz do shopping.
O rapaz passou pela zona de espelhos e para espanto desta, o rapaz não reflectiu a sua imagem!!!
Liliane começou a ficar assustada e pediu a todos para se irem embora.
- Tens medo, Liliane? – gozou o Doug.
- Tenho uma coisa para vos contar. – informou a Liliane.
Liliane detalhou todos os pormenores. Os rapazes quiseram saber quem era o rapaz, mas este não se encontrava por perto.
Ouviu-se gritos de socorro dentro da Casa Assombrada.
Todos começaram a fugir de medo, mas os Pequenos Grandes Heróis resolveram investigar.
Chegaram à Casa Assombrada. Estava tudo muito escuro, mas continuaram à procura. A única coisa que viram foi: uma rapariga com o crânio todo esmagado, deixando o cérebro bem à vista.
Os Pequenos Grandes Heróis não conseguiram deixar de vomitar, face àquela aberração.
Samuel foi chamar a polícia. Tentaram encontrar os presumíveis assassinos, mas não encontraram ninguém na Casa.
Pui-li consultou o relógio. Meia-noite, era a hora do baile.
- Temos de ir ao hotel mascarar-nos para irmos ao baile. – informou o Pui-li.
- Pui-li, como é que consegues pensar em bailes depois do que vimos hoje? – admirou-se a Liliane.
- Liliane, pensa comigo: se houve um assassinato no parque de diversões, pois era uma forte atracção turística, é suposto que também aconteça no baile, pois é a segunda atracção da noite. Assim, podemos descobrir quem é/são o(s) assassino(s). – raciocinou o Pui-li.
- Tens razão, Pui-li! – espantou-se a Liliane.
Foram ao hotel, mascarar-se. E cada um prometeu encontrar-se no baile a horas diferentes.
O primeiro a chegar foi o Jimmy, que estava mascarado de Frankstein. Passado quinze minutos, foi a vez de Samuel aparecer e este estava mascarado de esqueleto.
A seguir ao Samuel, foi a vez do Alan, que estava mascarado de fantasma. Depois do Alan veio o Pui-li que estava mascarado de vampiro e por último, a Liliane que se havia mascarado de bruxa.
Não havia nada de suspeito no baile de máscaras. Pessoas a dançar, a beber, a namorar...
- Agora, vamos realizar o concurso de máscaras! – anunciou uma rapariga.
Todos foram desfilar e o júri resolveu votar no Jimmy, como melhor disfarce masculino e na Liliane, como melhor disfarce feminino.
O prémio era um CD dos A-teens.
Nada parecia suspeito, mas Liliane captou o tal rapaz vestido de vampiro a falar com outro igualmente com o mesmo disfarce.
Dirigiram-se para umas escadas e subiram-nas. Liliane foi atrás deles. Eles abriram uma porta e olharam para todos os lados para se certificarem que não eram seguidos. Liliane escondeu-se no vão das escadas.
Os rapazes entraram. Liliane encostou o ouvido à porta e conseguiu ouvir:
- Precisamos de recolher mais sangue. A Colheita aproxima-se e temos de oferecer um banquete primordial ao nosso Chefe.
- Precisamos de mais vampiros...
- E de mais sangue...
- Vamos ter de fazer recolha em massa.
- Vamos fazer isso hoje?
- Sim, hoje é o dia ideal!
Liliane sentiu que iam abrir a porta e escondeu-se atrás de uma mesa.
Liliane queria avisar os amigos, mas não sabia quem eles eram...
Esperou que os vampiros descessem e saiu do esconderijo para ver a cena.
Os vampiros começaram a atacar pessoas com uma força sobrenatural, sugando-lhes o sangue.
As pessoas tentavam fugir, mas as portas estavam trancadas. Todos começaram a gritar e a atropelarem-se uns aos outros. Liliane tinha de fazer alguma coisa, era horrível ver pessoas a morrer e nada fazer. Ainda por cima estava preocupada com os colegas, será que eles ainda estavam vivos?
O que ela não sabia é que eles estavam todos reunidos lá fora e que estavam agora à sua procura.
- Onde está a Liliane? Ela não nos disse o seu disfarce, como é que vamos saber quem ela é? – interrogara o Pui-li, muito preocupado.
- Achas que os vampiros já a mataram? – perguntou o Doug.
- Doug, não sejas parvo! Não pensemos nestas coisas... Algo me diz que ela ainda está viva. – disse o Pui-li. – Vou entrar e vocês ficam aqui fora, está bem?
Anuíram todos.
Pui-li abriu a porta e as pessoas saíram desalmadamente para a rua, quase esmagando o Pui-li.
Os vampiros ficaram muito irritados e agarraram na Liliane para mordê-la.
Pui-li reconheceu os seus gritos histéricos e tentou salvá-la, mas os vampiros eram muito mais fortes. Pui-li aplicou-lhes uns valentes golpes de Karaté e eles acabaram por largar a Liliane, mas estavam dispostos a vingarem-se.
- Obrigada! – agradeceu a Liliane. – Quem és tu?
- Sou o teu herói. – respondeu o Pui-li.
Liliane deu-lhe um beijo nos lábios.
- Obrigada! – agradeceu ela, de novo.
Pui-li dirigiu-se ao jipe, onde todos o esperavam.
- Trouxeste a Liliane?
- Sim. – respondeu o Pui-li. – Quase que era mordida por um vampiro, se não fosse eu...
- Quem és tu? – perguntou a Liliane.
O Pui-li tirou a máscara.
- Pui-li?! – espantou-se a Liliane. – És mesmo um estúpido! Aproveitaste-te de mim!
- Não aproveitei nada, tu é que me beijaste... – defendeu-se o Pui-li.
Liliane sentiu-se muito envergonhada.
- Vamos para o hotel?
- Acho que não vou conseguir dormir... – suspirou a Liliane.
- Queres que eu durma contigo? – questionou o Pui-li.
- Idiota! – ripostou ela. – Nem pensar!
- Pensei que quisesses dormir com o teu herói...
- Palerma, hediondo, estúpido!... – criticou a Liliane.
Riram-se a bom rir e foram para o hotel descansar. A noite anterior era para esquecer.

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