Capítulo 26

Um amor impossível

Michael estava a passear no corredor quando viu a professora Nancy a transportar uns livros da biblioteca, e perguntou:
- Precisas de ajuda?
- Sim, se faz favor.
Michael foi a correr para a professora, pegou nos livros e questionou:
- Para que são estes livros?
- São para a vossa aula de hoje.
- Mas nós temos os nossos! – disse o Michael.
- Sim, mas hoje vocês vão trabalhar em grupo. – respondeu a professora Nancy. – Bom, é aqui que eu vou entrar.
- Está bem, adeus. – disse o Michael.


Os Saviors do primeiro ano estavam na porta da sala onde iriam ter aula de Matemática. Quando a professora Alice entrou, informou:
- Meninos, hoje vão ter um teste surpresa, e não quero ouvir nem mais um pio.
- Nãoooooooooooooo! Não estudei nada. – gritou o Eric.
- O que é que eu disse? Vai já para a rua. Vou informar o teu encarregado de educação que és muito desobediente. – ralhou a professora.
Enquanto a professora ia entregando os testes, o Eric estava lá fora e de repente apareceu a Alanis que lhe inquiriu:
- O que estás aqui a fazer? Não devias estar nas aulas?
- Sim devia, mas a professora expulsou-me da aula porque eu reclamei que não tinha estudado nada para o teste surpresa que eles estão a fazer. – respondeu o Eric.
- E como está a Andy? – questionou a Alanis.
- Ela não fala connosco desde que ela te perguntou se querias namorar com ela. – disse o Eric.
- Oh não! Eu não lhe devia ter chamado aqueles nomes... – suspirou a Alanis.
- Fizeste bem Alanis, ela é que está parva, ela acha que é lésbica. – opinou o Eric.
- Mas eu queria ser amiga dela... eu estou tão arrependida de lhe ter chamado aqueles nomes... – desabafou a Alanis.
- Tu não estás nada arrependida, porque sabes que fizeste a coisa certa...
- Mas como sabes que a Andy gosta de mim? – quis saber a Alanis.
- Foi o Henry que me disse – respondeu o Eric.
- Bom, até logo. Só passei por aqui porque vou à biblioteca fazer uma pesquisa para a aula de Ciências sobre os vulcões. – esclareceu a Alanis.
- Adeus, Alanis. – despediu-se o Eric.
- Adeus, Eric e boa sorte, vais precisar... – desejou a Alanis.
- Para quê? – quis saber o Eric, terrivelmente assustado.
- Para a professora Alice Kerrod ter piedade de ti. Ela já fez isso com um colega meu, o Harvey, e pelos vistos não foi nada bom. – comentou a Alanis.
- Obrigado. – agradeceu o Eric, visivelmente perturbado.
Alanis foi embora e Eric sentiu um pavor imenso, como nunca antes tinha sentido. A professora Alice era mesmo um monstro...
Só depois é que Eric reparou que já não morrem alunos há algum tempo. Por um lado, era bom, mas por outro... Eric tinha receio que a professora Alice e o professor Mark estivessem a tramar algo de maquiavélico.



Na aula de Francês, o Michael sussurrou ao ouvido de Bernard:
- A professora Nancy, não é linda?
- Estás completamente apanhado! – admirou-se o Bernard.
- Yah, eu estou apaixonado pela prof. Nancy. – suspirou o Michael.
- Mas ela é uma professora... – contrapôs o Bernard.
A conversa foi interrompida pela professora Nancy Clinton:
- Meus meninos, eu quando corrigi os vossos testes, vi que vocês tiveram muita dificuldade nos verbos. Por isso, na aula de hoje, vou-vos entregar umas fichas com todos os tempos verbais estudados, pois para a próxima aula eu quero dar um tempo verbal novo.
Os alunos suspiraram. Já estavam fartos de verbos.
- Quem quer entregar as fichas? – perguntou a professora.
- Eu! – ofereceu-se o Michael.
O Michael entregou as fichas, muito contente por ter ajudado a professora.
- Obrigada, Michael. – agradeceu a professora Nancy.
- De nada. – respondeu o Michael.
No final da aula, Michael inquiriu:
- A professora precisa de ajuda?
- Não, obrigada! – agradeceu a professora. – Eu carrego tudo sozinha.
A professora pegou nos livros e foi em direcção à sala dos professores, quando deixou cair alguns livros.
Michael foi socorrê-la.
- Obrigada, Michael. – agradeceu a professora.
- Eu sabia que a professora ia precisar da minha ajuda, ia tão carregada... – disse o Michael.
A professora Nancy agradeceu-lhe.