sábado, janeiro 14, 2006

Capítulo 7

O professor Ralph Brown

Terça-feira. Tocou para a aula de Ciências Naturais. Iam conhecer um novo professor.
- Bom dia, meninos! Vamos para as Ciências. Gostaram das férias? – cumprimentou o professor.
- Sim. – responderam os alunos.
- Chamo-me Ralph Brown, mas prefiro que me tratem por professor Ralph e não por professor Brown. E vocês? – apresentou-se o professor.
Os alunos apresentaram-se.
- Muito bem, meninos, vamos dar as condições que permitiram o aparecimento da vida e o que faz da Terra um planeta com vida. – disse o professor Ralph.- Então, o que faz da terra um planeta com vida?
Os primeiros sinais de vida na Terra surgiram no ambiente aquático, daí a importância da água líquida para o aparecimento da vida. A água está presente noutros planetas, mas ou se encontra na forma de gelo, em Júpiter, ou de vapor, como em Vénus, formando ácidos corrosivos.
As características particulares da Terra, como a distância ao sol e a atmosfera, permitem que a sua temperatura seja adequada à manutenção de grandes quantidades de água líquida, fundamental ao aparecimento e à manutenção da vida.
Na etapa actual do conhecimento científico, a Terra, parece ser o único planeta no sistema solar capaz de permitir a vida como nós a conhecemos.
E que condições permitiram o aparecimento de vida?
Os mares primitivos eram quentes e os continentes, certamente distribuídos de uma forma diferente, apresentavam muitos vulcões activos, expelindo grandes quantidades de lava e cinza. A atmosfera continha muito hidrogénio e gases tóxicos, como monóxido de carbono, amoníaco e metano, resultantes da intensa actividade vulcânica. Não havia oxigénio livre nem ozono e os raios ultravioleta do sol queimavam a superfície da Terra.
Para explicar a origem da vida na Terra existem diversas teorias. A mais aceite supõe que, como consequência da acção dos raios ultravioleta e de descargas eléctricas sobre a atmosfera primitiva e do calor proveniente dos vulcões, se formaram certos compostos complexos. Estes compostos orgânicos acumularam-se nos mares primitivos. Foi então que na água, protegida das radiações, apareceram as primeiras formas de vida, os organismos unicelulares. Estas células multiplicaram-se e foram gastando os compostos orgânicos que se tinham formado. Outras começaram a utilizar a energia solar para sintetizar compostos orgânicos com libertação de oxigénio - células fotossintécticas. Na atmosfera o oxigénio foi então bombardeado pelas radiações, transformando-se em ozono, gás que retém a maior parte das radiações perigosas. A camada de ozono permitiu a alguns seres vivos, que até esse momento só existiam na água, a colonização e a evolução no ambiente terrestre. – explicou o professor Ralph.
Andy ficou impressionada com a sabedoria do professor.
- Onde existe vida na Terra? Eric, diz-me um ambiente.
- Meio Ambiente. – respondeu o Eric.
- Não. – repreendeu o professor Ralph.
Todos esperavam vê-lo gritar, mas em vez disso, começou a rir às gargalhadas.
- Diz-me um ambiente com vida, Andy. – pediu o professor Brown.
- O ambiente aquático e o ambiente terrestre. – respondeu a Andy, orgulhosa da sua sabedoria.
- Muito bem! Só pedi para me dizeres um, mas disseste os dois... muito bem! – surpreendeu-se o professor Brown.
- Sabes dar-me um exemplo para cada ambiente? – perguntou o professor Ralph Brown.
- Sei sim, senhor professor. – disse a Andy.
- Então menciona-os. – pediu o professor Ralph.
- O ambiente aquático está dividido em dois grandes grupos: o ambiente de água doce, como lagos, ribeiros, lagoas, rios e pântanos e o ambiente marinho, como os mares, oceanos, praias e lagunas costeiras. E os principais ambientes terrestres são: a tundra, a floresta de coníferas, a pradaria, o deserto, a floresta caducifólia, o bosque mediterrânico, a savana e a floresta tropical. – respondeu a Andy.
O professor Ralph deixou escapar um «Uau!» tímido.
Andy ouviu e ficou muito feliz.
Mas o professor Ralph, não foi o único, todos ficaram admirados com a sabedoria da rapariga.
Tocou a sineta para o intervalo.
- És tão esperta! – elogiou o professor Ralph.
- Obrigado, não foi o único a dizer o mesmo. – lisonjeou a Andy.
- Quem é que te já elogiou? – perguntou o professor Ralph.
- A professora Wendy Romanoff, a professora Nancy Clinton e a directora dos Saviors, a professora Alice Kerrod. – respondeu a Andy.
- Isso quer dizer que és mesmo uma boa aluna!...
- Boa... não... ÓPTIMA. – disse a Andy.
- Pois... O sumário fica para a próxima aula.
- Boa tarde, professor Ralph.
- Boa tarde, Andy.
Andy foi ao bar dos alunos comprar alguma coisa para petiscar.
- Eh, rapazinho, sem dinheiro não há comida. – gritou a funcionária do bar.
- Vá lá, senhora, sou um rapaz pobre não tenho dinheiro. – queixou-se o Eric.
- Nem pensar. – berrou a funcionária.
- Deixa lá, Eric. Eu pago-te desta vez, mas para a próxima... – disse o Henry.
- Obrigado, Henry, és o meu melhor amigo. – agradeceu o Eric.
- Que estupidez! – murmurou a Andy.
Tocou para a próxima aula e os alunos correram para as respectivas salas.

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