domingo, janeiro 15, 2006

Capítulo 4

Pistas misteriosas

Quando saíram de casa de Rosabel, era quase hora de jantar, portanto resolveram dirigir-se para o hotel.
Quando lá chegaram, foi-lhes servido Romãs à Júlio César e Bolo Romeno.
Toda a gente evitava falar sobre vampiros, pois era um mito em que acreditavam e que lhes metia muito medo.
Foram-se deitar. Liliane tinha medo de dormir sozinha, mas para não se fazer de fraca e para não ter de dormir com um rapaz, lá se foi deitar.
Liliane não conseguiu adormecer a noite toda, à espera daquela sombra. Mas desta vez, ela não apareceu. Será que foi por ela estar acordada? Ou será que a tal sombra tinha sido produto da sua imaginação?
No dia seguinte, Liliane levantou-se muito cansada e cheia de olheiras.
- Não dormiste a noite passada, Liliane? – questionou o Doug, meio divertido. – Foi por causa da sombra? E já agora... ela apareceu?
- Não sejas parvo, Doug. – ripostou a Liliane, ofendida. – Hoje ela não apareceu. Mas garanto que a vi ontem, não estava a dormir!
Doug riu-se. Depois, Jimmy e Pui-li, juntaram-se-lhe à gargalhada.
- Vocês são tão estúpidos! – exclamou a Liliane. – Vocês acham que eu estou a alucinar, não é verdade?
- Exacto. – respondeu o Jimmy.
- Acho que ela tem razão. – balbuciou o Pui-li.
Jimmy e Doug, olharam-no perplexos. Liliane ficou admirada pelo seu comportamento, mas depressa se desiludiu:
- O que ela viu foi um vampiro sedento de sangue e de sexo!!! – gozou ele.
- Parvo! – ripostou ela. – Estou farta de vocês. Não acreditam em mim! Vou mas é fazer umas compras!
Liliane vestiu uma roupa muito elegante, (como sempre), e foi para o shopping.
Liliane estranhou o shopping estar tão vazio e aproveitou para ver coisas e comprar roupa com mais calma. Normalmente, quando se irritava, Liliane ia ao shopping para aliviar a tensão. E conseguira fazê-lo até agora.
Não havia muitas lojas, mas quase todas eram-lhe desconhecidas. Aproveitou para comprar umas roupas novas e umas bijuterias e outros objectos de adorno, que se encontravam a preços muito convidativos.
Uma pequena loja, despertou-lhe a atenção. Entrou e o toque de aviso de entrada e saída de pessoas foi ouvido. Liliane viu muitas lembranças da Roménia para turistas. Aproveitou para comprar uma réplica de um vampiro.
Quando se preparava para sair, algo lhe captou a atenção: um rapaz queria entrar no shopping, mas as portas automáticas não se abriam. O rapaz batia à porta, mas em vão, a porta não se abria. Liliane e as outras pessoas pensaram que a porta estava avariada, mas quando uma menina se dirigiu à porta, esta abriu-se e fechou-se à sua passagem. O rapaz tentou fazer o mesmo, mas a porta não se abria. Então, um segurança teve uma ideia: o rapaz entraria no shopping, juntamente com outra pessoa. E assim foi feito. O rapaz conseguiu entrar.
O tal rapaz, dirigiu-se à loja de lembranças e o toque de aviso de entrada ou saída de pessoas não se ouvira.
- Mas que estranho! Primeiro, as portas automáticas não se abrem! Segundo, o toque de aviso de entrada ou saída de pessoas da loja não soou! – espantou-se a Liliane. – Será que este rapaz não existe?!
Liliane preparava-se para sair, quando ouve gritos na rua.
Uma rapariga de nove anos encontrara uma rapariga de dezasseis, com o sangue drenado e com os braços mutilados.
Liliane conseguiu visualizar o corpo e quase que ia vomitando.
Liliane pegou no jipe e dirigiu-se apressadamente para o hotel e contar tudo o que tinha visto no shopping e na rua aos rapazes.
Quando Liliane lhes contou a história, eles nem queriam acreditar.
- Deve ter sido esse rapaz quem a matou. – observou o Alan.
- Achas? – inquiriu a Liliane.
- Sim. Ele não existe, praticamente. – respondeu o Alan. – Lembras-te da cara dele?
- Sim. Tinha olhos castanhos e cabelos curtos e pretos. – respondeu a Liliane.
- Era pálido? – questionou o Alan.
- Não, por acaso era bastante moreno. – desdisse a Liliane.
- Então não deve ser um vampiro. – opinou o Alan.
- Os vampiros não existem. – disse o Jimmy. – Portanto, tudo o que está a acontecer, são pessoas a cometer homicídios.
- Já informamos as autoridades e eles vão levantar de lá o corpo e fazer-lhe uma autópsia e descobrir a identidade da rapariga. – informou o Samuel.

Passado uma semana...

- Já vieram os resultados da autópsia! – anunciou o Samuel. – A rapariga morreu porque todo o seu sangue foi drenado e foi diagnosticada duas perfurações no pescoço da vítima.
- Um verdadeiro vampiro! – exclamou a Liliane.

Os dias foram-se passando e tudo começou aos poucos a voltar à normalidade, pois os actos vampirescos haviam terminado.
Mas agora, ninguém queria saber de vampiros, mas sim no Parque de Diversões Fantasmagóricas que abriria no Halloween. Todos estavam entusiasmados com os bailes e festas que se erguerão no Dia das Bruxas.
Os Pequenos Grandes Heróis tinham combinado que iriam visitar a Feira Popular e iriam ao Baile de Máscaras.
Passaram todo o dia nas compras, porque compravam um de cada vez, pois os fatos iriam ser surpresa.
Nessa noite, Liliane só pensava na festa do Dia das Bruxas e não na misteriosa sombra, e adormeceu profundamente.
No outro dia acordara bem disposta, mas deparou com horror que a sua almofada e os seus lençóis estavam cheios de... sangue!

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